Instituído para anunciar a palavra de Deus [cf. Ml 2,7-9] e para restabelecer a comunhão com Deus pelos sacrifícios e pela oração, esse sacerdócio continua, não obstante, impotente para operar; a salvação. Precisa, por isso, repetir sem cessar os sacrifícios, e não é capaz de levar à santificação definitiva [cf. Hb 5,3; 7,27; 10,1-4] , que só o sacrifício de Cristo deveria operar.
Antes de Jesus se ter dado a nós como oferenda perfeita através da Missa, o homem nada tinha a oferecer a Deus que fosse realmente digno dEle. "Multiplicavam-se os sacrifícios, porque nenhum deles era completo ou adequado para fazer a ponte entre o homem e Deus. Em suma, havia muitos sacerdotese muitos sacrifícios, regidos por minuciosa legislação; cf. Nm 3,11-39; Lv 1,1-27,34.
Jesus Cristo aboliu o sacerdócio levítico e fez-se Ele o Único Sacerdote da nova e definitiva aliança, de acordo com o modelo não de Levi, mas de Melquisedeque, que era rei e sacerdote; cf.Hb 7,1-28; 10,4-10. Cristo Sacerdote ofereceu um único sacrifício, que é o holocauto de Sua vontade e de sua vida entregues ao Pai; como novo Adão, Ele disse um sim inspirado por amor, apagando o não dito pelo primeiro Adão em desamor ao Pai; cf. Rm 5,12-21." (Escola Mater Ecclesiae, Curso sobre os sacramentos por correspondência, pág. 183, Dom Estévão Bettencourt).