A enfermidade na vida humana (CIC § 1500)

A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da vida humana. Na doença, o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte.

Reflexão: Todos nós, mais cedo ou mais tarde tendemos ao sofrimento, pois isso faz parte do nosso cotidiano. Somos seres humanos, por isso, podemos ser afetados por vários tipos de dor e sofrimentos. O sofrimento é uma consequência da vida. Podemos sofrer por causa do passado ou mesmo do futuro. Pode-se sofrer por si mesmo ou pelos outros; também, pode-se sofrer pelo que se tem, e pelo o que não se tem. Podemos sofrer por uma doença, por  estar vivo, por estar enfermo; pode-se sofrer por amor, por solidão, por angústia e assim por diante.

Por isso, o momento de nossa morte é decisivo para a nossa sorte na eternidade. Da nossa parte devemos fazer tudo, para que aquele que está morrendo e agonizando, ajudando-o para que tenha uma morte cristã, que morra arrependido dos seus pecados, na paz do Senhor.

Nessa ocasião é nosso primeiro e grave dever chamar o sacerdote para administrar os sacramentos da Igreja.

Caso isto não seja possível, preparemos essa pessoa para a morte. Falando ao moribundo nessa hora com franqueza sobre o estado grave de sua vida não é falta de prudência e delicadeza, mas caridade. Uma caridade mal compreendida nessa hora poderá provocar graves consequências para a pessoa na eternidade.

Procuremos despertar no seu coração sentimentos de arrependimento dos seus pecados, rezando com ele o ato de contrição. Entreguemos em suas mãos não uma vela, mas um crucifixo para ele beijá-lo com o coração contrito, dizendo com profunda devoção: meu Jesus misericórdia, meu Jesus misericórdia.

Quem morre com o coração contrito será salvo, pois o Senhor Deus jamais desprezará um coração contrito e humilde.

Os justos, unidos a Cristo entrarão na vida eterna, mas os maus, obstinados na iniquidade e separados de Cristo pelo pecado grave irão para o sofrimento eterno.

Lembre-se que o bom ladrão, depois de uma vida de crimes arrependeu-se na última hora da sua vida errada, alcançou o perdão e se salvou. É a sorte de muitos, que são chamados na última hora.