Os frutos da Comunhão (CIC § 1391)

É claro que não é suficiente a mera assistência da missa para se beneficiar de seus frutos. Ela não é um rito mágico. Exigem-se as disposições necessárias: um coração sincero, piedoso, reverente uma fé viva capaz de nos levar à Missa  e principalmente coerente ao sair da missa em nossas atitudes práticas, valores, opções.

A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união intima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele” (Jo 6,56). A vida em Cristo tem seu fundamento no banquete eucarístico: “Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que de Mim se alimenta viverá por Mim” (Jo 6,57):

Quando nas festas do Senhor os fiéis recebem o Corpo do Filho, proclamam uns aos outros a Boa Nova de que é dado o penhor da vida, como quando o anjo disse a Maria de Mágdala: “Cristo ressuscitou!”. Eis que agora também a vida e a ressurreição são conferidas àquele que recebe o Cristo [Fanqîth, Ofício siro-antioqueno, vol. I, Comum, 237 a-b] .

"O efeito mais importante da Santíssima Eucaristia é a união íntima com Cristo. O próprio nome de comunhão indica esta participação de unidade na Vida do Senhor. Se em todos os sacramentos, por meio da graça que nos conferem, se consolida a nossa união com Jesus, esta é mais intensa na Eucaristia, visto que não só nos dá a graça, mas o próprio Autor da graça. Participando realmente do Corpo do Senhor na fração do pão eucarístico, somos elevados a uma comunhão com Ele e entre nós. 'Porque há um só pão, nós embora muitos, somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão' (1 Cor10,17)' (LG, 7)." (Cf. blia de Navarra, Santos Evangelhos, pág. 1215 e 1216).

“Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que de Mim se alimenta viverá por Mim” (Jo 6,57).

Pela Comunhão eucarística acontece a mais profunda união entre nós e Jesus. Seu Corpo se funde ao nosso, Sua Alma se une à nossa, Seu Sangue se mistura com ao nosso e Sua Divindade se junta à nossa humanidade. Não pode haver união mais íntima e mais intensa na face da terra. É o Amado (Jesus) que vai em busca da Sua amada (a nossa alma) para unir-se a ela. O amor exige a união. E nessa união Ele nos santifica.

A perfeição e a intensidade dessa união depende do "desejo" com que O recebemos. Sem esse desejo não há união. Tem uma bela frase para explicar isso: "Se Tu vais chegar à tarde, desde a manhã eu já sou feliz." (Saint Exupéry). É assim que o coração deve ser preparado para receber o Mestre.

Essa união íntima e intensa de nossa alma com Jesus deve começar nesta vida terrena para pemanecer para sempre na outra.

Para refletir:

Amigo(a) ouvinte, a unidade não é fácil de conseguir, mas é possível. Quantas dificuldades de relacionamento existem em nossas comunidades! Todavia, não desanimemos.

Que participação no sacramento da unidade podem ter os cristãos que não estão em comunhão com seus irmãos, com o sacerdote que celebra o mistério, com o Bispo e com o Papa?