Liturgia de 18 de junho de 2020

QUINTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde -  Ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo, tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!  (Sl 26,7.9)

Oração do dia

 

- Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Eclo 48,1-15

 

- Leitura do livro do Eclesiástico: 1O profeta Elias surgiu como um fogo, e sua palavra queimava como uma tocha. 2Fez vir a fome sobre eles e, no seu zelo, reduziu-os a pouca gente. 3Pela palavra do Senhor fechou o céu e de lá fez cair fogo por três vezes. 4Ó Elias, como te tornaste glorioso por teus prodígios! Quem poderia gloriar-se de ser semelhante a ti?  5Tu, que levantaste um homem da morte e dos abismos, pela palavra do Senhor; 6tu, que precipitaste reis na ruína e fizeste cair do leito homens ilustres; 7tu, que ouviste censuras no Sinai e decretos de vingança no Horeb. 8Tu ungiste reis, para tirar vingança, e profetas, para te sucederem; 9tu foste arrebatado num turbilhão de fogo, um carro de cavalos também de fogo, 10tu, nas ameaças para os tempos futuros, foste designado para acalmar a ira do Senhor antes do furor, para reconduzir o coração do pai ao filho, e restabelecer as tribos de Jacó. 11Felizes os que te viram, e os que adormeceram na tua amizade! 12Nós também, com certeza, viveremos; mas, após a morte, não será tal o nosso nome. 13Apenas Elias foi envolvido no turbilhão, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Durante a vida não temeu príncipe algum, e ninguém o superou em poder. 14Nada havia acima de suas forças, e, até já morto, seu corpo profetizou. 15Durante a vida realizou prodígios e, mesmo na morte, suas obras foram maravilhosas.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 97, 1-2.3-4.5-6.7 (R: 12a)

 

- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!


- Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas reju­bilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!


- Vai um fogo caminhando à sua frente e devora ao redor seus inimigos. Seus relâmpagos clareiam toda a terra; toda a terra ao contemplá-los estremece.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!


- As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!


- “Os que adoram as estátuas se envergonhem e os que põem a sua glória nos seus ídolos; aos pés de Deus vêm se prostrar todos os deuses! ”

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai!  (Rm 8,15) 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,7-15

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós come­testes”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

 

Liturgia comentada

Eis como deveis rezar... (Mt 6,7-15)

Desde os primeiros tempos da Igreja, uma das catequeses indispensáveis sempre foi a explicação da Oração do Senhor, que chamamos de Pai-Nosso. Vamos meditar o comentário de S. Cipriano de Cartago (+258), bispo e mártir:

“Os preceitos evangélicos não são outra coisa, senão os ensinamentos de Deus, alicerces onde se edifica a esperança, bases firmes da fé, alimento para reaquecer o coração, guias para mostrar o caminho, socorro para obter a salvação. Eles instruem sobre a terra o espírito dócil dos fiéis para conduzi-los ao Reino dos céus.

Numerosas são as palavras que Deus quis fazer-nos ouvir pelos profetas, mas quão maiores são aquelas pronunciadas pelo Filho, aquelas que o Verbo de Deus, que habitava os profetas, atesta com sua própria voz! Ele já não pede que preparem o caminho para aquele que vem, mas ele vem em pessoa mostrar-nos e abrir-nos a estrada para que nós, outrora cegos e imprevidentes, errantes nas trevas da morte, e agora esclarecidos pela luz da graça, possamos caminhar no caminho da vida, sob a condução e a direção do Senhor.

Entre outros avisos salutares e preceitos divinos destinados à salvação de seu povo, o Senhor deu a forma de oração e nos comprometeu a rezar como ele ensinava. Aquele que deu a vida também ensinou a rezar, com a mesma benevolência pela qual nos deu todo o resto. Assim, quando nós falamos ao Pai com a oração que seu Filho nos ensinou, somos ouvidos mais facilmente.

Jesus tinha anunciado que viria a hora em que os verdadeiros adoradores adorariam o Pai em espírito e verdade (cf. Jo 4,23), e ele cumpriu o prometido, de modo que, tendo recebido o Espírito e a verdade por sua ação santificante, nós adorássemos em espírito e verdade pela tradição de seu ensinamento. De fato, pode haver oração mais espiritual do que esta que nos foi legada por Cristo, que nos enviou seu Espírito? Existe um modo mais verdadeiro de rezar ao Pai que este que saiu da boca do Filho que é Verdade?

Rezemos, pois, irmãos bem-amados, como Deus nosso Senhor nos ensinou. Afetuosa e familiar é a oração em que imploramos a Deus com as palavras de Deus, e atingimos seus ouvidos pela oração de Cristo. Quando rezamos, que o Pai reconheça as palavras de seu Filho. E esteja também em nossos lábios aquele que habita em nossos corações!”

Orai sem cessar: “Tu és meu Pai, meu Deus!” (Sl 89,27)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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