O Pai é a fonte e o fim da liturgia (CIC § 1079)

Desde o início até a consumação dos tempos, toda a obra de Deus é bênção. Desde o poema litúrgico da primeira criação até os cânticos da Jerusalém Celeste os autores inspirados anunciam o projeto de salvação como uma imensa bênção divina.

Toda a história de Israel é o desenrolar da bênção prometida a Abraão e renovada sob os mais variados motivos. Estendeu-se na vida dos patriarcas que a invocam sobre seus filhos. No contexto cultual, encaixou-se no mistério da aliança e da fidelidade à Torá. Logo se tornou um dos temas favoritos da oração de Israel, na qualidade de resposta a toda obra de Deus Criador e Salvador.

O Novo Testamento mostra-se todo pontilhado de bênção, precisamente por ser ele próprio, com tudo que representa, a bênção mais perfeita, a um tempo recebida de Deus e endereçada a Ele. Em Cristo somos, com Abraão o crente (Gl 3,9. 14), abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais (Ef 1,3)

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança