O bispo é o principal responsável pela evangelização CIC § 1558

“A sagração episcopal, juntamente com o múnus de santificar, confere também os de ensinar e de reger... De fato, mediante a imposição das mãos e as palavras da sagração, é concedida a graça do Espírito Santo e impresso o caráter sagrado, de tal modo que os Bispos, de maneira eminente e visível, fazem as vezes do próprio Cristo, Mestre, Pastor e Pontífice, e agem em seu nome ('in eius persona agant' [Ibid.] ).” “Os Bispos, portanto, pelo Espírito Santo que lhes foi dado, foram constituídos como verdadeiros e autênticos mestres da fé, pontífices e pastores [CD 2.] .”

Em relação ao múnus de ensinar, o bispo é o principal responsável pela evangelização e a catequese na Igreja a ele confiada pelo Papa. Ele deve estar total e plenamente configurado com Jesus Pastor de tal modo que, assim como aconteceu com Cristo, também o ministro sagrado torne presente, na confusão e na desorientação dos tempos atuais, a luz da Palavra de Deus que é o próprio Cristo neste mundo.

Aquele que é chamado a presidir a Igreja particular não ensina as próprias idéias ou uma filosofia que ele mesmo inventou. Ele ensina e propõe a verdade que é o próprio Cristo, a Sua palavra, o Seu modo de viver e de ir em frente.

Deste ponto de vista, tem sentido a recepção que se faz ao novo bispo à porta da igreja catedral, quando é apresentado o crucifixo para ele beijá-lo. O bispo é chamado a viver e anunciar o mistério pascal simbolizado pela cruz do Senhor.

Em relação ao múnus de santificar, o bispo é revestido da plenitude do sacerdócio de Cristo e comunica a graça divina aos outros membros da Igreja. O bispo age na pessoa de Cristo cabeça e em representação do Senhor, ele nunca age em nome de um ausente, mas na própria pessoa de Jesus Cristo ressuscitado.

A tarefa de santificar os homens, é sobretudo mediante os sacramentos e o culto da Igreja.

Santificar uma pessoa significa colocá-la em contato com Deus para transformá-la. Nenhum homem por si mesmo, a partir da sua própria força, pode por o outro em contato com Deus. Isto se realiza com o anúncio da Palavra de Deus. Mediante o Sacramento da Ordem o bispo partícipa do sacerdócio de Cristo. Ele é o ministro dessa santificação, e o dispensador dos mistérios de Cristo, é a "ponte" do encontro com Ele.

Nesta perspectiva adquire toda a sua riqueza o gesto que o novo bispo realizará na recepção à porta da catedral, quando ele se aspergirá a si mesmo com água benta e depois a todos os presentes. A água lembra o nosso batismo e, precisamente, que o bispo tem a missão de fazer discípulos de Cristo todos os povos (cf. Mt 28,19-20).

O terceiro múnus consiste em governar e guiar, com a autoridade de Cristo, a porção do povo que Deus lhe confiou. De fato, através dos pastores da Igreja, Cristo apascenta a Sua Igreja: é Ele quem a guia, protege e corrige. Nesta sua missão de se ocupar do povo de Deus, de ser educador na fé, orientando, animando e apoiando a comunidade cristã.

A entrega do báculo é de suma importância, porque significa que o novo bispo não vem em nome próprio, mas em nome de Cristo. Ele foi eleito e enviado a Igreja particular com a missão de governá-la impregnado do zelo apostólico. Por isso, o Povo de Deus da Igreja o acolhe, lhe presta obediência e se dispõe a colaborar com o seu ministério pastoral.

 

Para refletir:   Você amigo ouvinte sabe, que o Bispo foi escolhido por Cristo, o Bom Pastor, que o ungiu com os dons do Espírito Santo para pastorear o seu rebanho. Tenhamos pelo Bispo uma estima profunda que se concretize na colaboração pronta e generosa.

Peçamos ao Senhor, que nos dê a alegria de possuirmos um pastor que dirija o Seu povo no caminho da virtude e faça penetrar em seu coração a verdade do Evangelho.