Na ordenação dos presbíteros, a Igreja reza (CIC § 1542)

Assisti-nos, Senhor, Pai Santo ..... Já no Antigo Testamento, em sinais prefigurativos, surgiram vários ofícios por vós instituídos, de modo que, tendo à frente Aarão para guiar e santificar o vosso povo, lhes destes colaboradores de menor ordem e dignidade. Assim, no deserto, comunicastes a setenta homens prudentes o espírito dado a Moisés que, como auxílio deles, pode mais facilmente governar o vosso povo.

Do mesmo modo, derramastes copiosamente sobre os filhos de Aarão a plenitude concedida a seu pai, para que o serviço dos sacerdotes segundo a lei fosse suficiente para os sacrifícios do tabernáculo [Cf. Pontificale Romanum. De Ordinatione Episcopi. Presbyterorum et diaconorum. De Ordinatione presbyterorum. Prex ordinationis, 159, Tipografia Poliglota Vaticana, 1990, p. 91-92] . 

Talvez você já tenha participado do Rito de alguma ordenação sacerdotal. É uma celebração bastante longa, mas de uma beleza indescritível. O Rito da Ordenação é feito sempre dentro da missa. Tem início logo após a proclamação do Evangelho.

O momento central da Ordenação Sacerdotal se dá com o gesto da imposição das mãos. A oração consecratória na ordenação de um presbítero, o bispo pede a Deus a efusão do Espírito Santo e de seus dons. No prefácio dessa oração a Igreja latina reza a oração aqui apresentada no Catecismo.    O bispo impõe suas mãos ungidas pela apostolicidade na cabeça do eleito, silenciosamente. Na sequência todos os sacerdotes concelebrantes. Desarmado e embebido pela beleza do gesto ritual, o eleito vai sentindo o pousar das mãos dos seus novos irmãos no ministério que na sinfonia do silêncio evoca o mais sublime amor que vem da Igreja. É a prova do Mistério indelével da graça que marca o eleito para sempre. “Tu es sacerdos in eternum”. A seguir temos a belíssima prece de Ordenação Presbiteral, profunda, aglutinante, mistagógica e anaminética que sela o eleito para sempre em Cristo e sua obra.