VÍDEO 84 - Série QUERIGMÁTICA – 22º. ENCONTRO – "ARREPENDEI-VOS E CADA UM DE VÓS... (1)

 
VÍDEO 84 - Série QUERIGMÁTICA – 22º. ENCONTRO – "ARREPENDEI-VOS E CADA UM DE VÓS SEJA BATIZADO EM NOME DE JESUS CRISTO PARA A REMISSÃO DOS VOSSOS PECADOS" (At 2,38 (1)
 

Ao longo de todo o nosso itinerário querigmático, chegamos a um momento altíssimo: o momento da decisão. No último encontro, terminamos dizendo que CONVERSÃO É RUPTURA com tudo o que se opõe a Deus e ao Seu projeto na nossa vida. Portanto, neste caminho, não pode existir a INDIFERENÇA, o "CONVENIENTE", o "MAIS OU MENOS", o "FAZ-DE-CONTA"...

Quando São Pedro, cheio do Espírito Santo, anunciou Jesus Cristo, respondeu aos que lhe perguntavam sobre o que deveriam fazer, sobre qual deveria ser o próximo passo... E Pedro, com toda a convicção os exortou com veemência:

Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo (At 2,37-38).

Pedro já estava falando do arrependimento que marca o primeiro passo da conversão; estava falando da necessidade de se receber o batismo em nome de Jesus para a remissão dos pecados. Isto foi dito para aquele povo que se reuniu em frente ao Cenáculo onde aconteceu a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. Mas, e para nós que já fomos, já somos batizados? Não se pode receber o batismo válido senão uma vez apenas... Será que para nós não haverá mais jeito da remissão dos pecados que cometemos após o nosso batismo? Os céus se fecharam novamente para nós? Todos nós temos uma humanidade sujeita, vulnerável ao mal. Por isso pecamos.

Conhecedor da nossa fraqueza moral e espiritual, Jesus mesmo providenciou para essa situação outro sacramento: o da RECONCILIAÇÃO, ou da CONFISSÃO. Este sacramento é, juntamente com o da Unção dos Enfermos, um sacramento de cura: a cura espiritual, a cura dos nossos pecados. Isto está em Jo 20,19-23 que testemunhou:

... Então, [Jesus] soprou sobre eles e falou: "Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos".

Mais tarde, São Paulo confirmou este testemunho escrevendo aos coríntios:

Tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. Sim, foi o próprio Deus que, em Cristo, reconciliou o mundo consigo, não levando em conta os delitos da humanidade, e foi Ele que pôs em nós a palavra da reconciliação. Somos, pois, embaixadores de Cristo: é como se Deus mesmo fizesse Seu apelo através de nós: reconciliai-vos com Deus (2 Cor 5,18-19).

Jesus confiou aos Seus apóstolos – portanto, à Sua Igreja – a dispensação do Seu perdão a todos os que, arrependidos, se voltam para o Senhor, buscando em tudo viver a Sua vontade. É através da Igreja, é confiando nessa verdade de fé, que recebemos não somente o perdão de Deus, mas o dom da reconciliação com Ele e com os irmãos.

O perdão que recebemos de Deus no Sacramento da Reconciliação deve ser buscado na Igreja, sempre que, por infelicidade, cometermos o pecado mortal. Portanto, devemos nos apresentar àquele que recebeu o poder do Espírito Santo para, em nome de Jesus e da Igreja, dispensar para nós o perdão de Deus. Este é o sacerdote. Um homem como nós, sim! Pecador como nós, sim! Mas, escolhido por Deus para nos dispensar o Seu perdão e o perdão da Igreja.

A mãe Igreja nos ensina como nos aproximar desse ENCONTRO COM A MISERICÓRDIA DO PAI: JESUS CRISTO, através destes passos, antes de nos apresentarmos ao sacerdote:

a) ENTREGA DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA À AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO: É o Espírito Santo que nos conhece integralmente. Nada Lhe é oculto da nossa consciência. Ele é Quem nos convence de pecado.

b) EXAME DE CONSCIÊNCIA: É um olhar para dentro de nós mesmos, procurando descobrir quais são os nossos pecados, as nossas fragilidades, a nossa fraqueza moral dominante. É colocar-nos diante do amor de Deus e refletir sobre nossa maneira de viver o amor para com Deus e para com os outros. É descobrir o que nos divide e impede a vivência da fraternidade. O que nos tem afastado do amor de Deus e dos irmãos ou dificultado esse caminho. O que nos pesa na consciência. Jamais esquecer que quando pecamos, ofendemos a Deus, aos irmãos e a nós mesmos.

c) ARREPENDIMENTO OU CONTRIÇÃO: É um “cair na real”! É quando dizemos para nós mesmos: "Quanta coisa ruim eu fiz em pensamentos, palavras e ações! Quanto mal eu poderia ter evitado e não o fiz!" É reconhecer diante de Deus e dos irmãos que pecamos, e pedir perdão a Deus e aos que ofendemos. Quando nos arrependemos, nós afirmamos que não gostamos do pecado, não gostamos de pecar. É preciso que nosso arrependimento seja acompanhado de um propósito DE VERDADE.

d) PROPÓSITO: É ter disposição sincera de esforçar-se para recomeçar uma vida nova, vivendo em união com Deus e com os irmãos. É prometer a Deus que vamos nos esforçar para viver longe do pecado com a ajuda da graça divina. É também o momento de pensarmos como podemos evitar o pecado daqui pra frente. É ter a firme atitude de fugir das ocasiões de pecado.

Diante do sacerdote, damos o passo seguinte:

A CONFISSÃO: Confiante na bondade e misericórdia de Deus chega o momento em que declaramos ao representante de Deus e da Igreja: o sacerdote, as graças que Ele nos tem concedido, mas, sobretudo, os nossos pecados. O sacerdote age em nome de Jesus Cristo e concede o perdão por uma oração chamada de absolvição. É importante conferir o que Jesus nos diz em A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos. Se alguém não estiver disposto a mudar de vida, pode até ter peso na consciência, sentir uma dor moral por isso, mas o arrependimento verdadeiro ainda não é suficientemente forte para determinar uma decisão firme por Jesus e as exigências do Seu evangelho.

Diante do sacrário, ou em outro lugar à parte, concluímos com a:
A SATISFAÇÃO: Dizemos ser a penitência. Após a confissão, vamos ao sacrário. Rezamos, agradecendo a Deus o perdão recebido e pedimos forças para ficar sempre na amizade com Deus e os irmãos. A sugestão do sacerdote para fazer algum gesto concreto ou rezar alguma oração depois da confissão não é um castigo. É a reparação, isto é, devemos reparar os erros cometidos. E não podemos nos esquecer que a mais importante satisfação (ou penitência) que fazemos é o propósito que tomamos e que vai contra o que nos leva ao pecado.

APROFUNDANDO O ASSUNTO:
A TAREFA DESTA SEMANA É A PREPARAÇÃO PARA A CONFISSÃO NO PRÓXIMO ENCONTRO, NA PRESENÇA DO SACERDOTE.

Nesta semana, sua tarefa será uma revisão de vida feita através do roteiro anexo a este encontro, ou voltando do 7º. ao 15º. Encontros, um por dia.

CANTOS SUGERIDOS:
LOUVEMOS O SENHOR – nn. 583 – 1425 – 1553 - 1633
LOUVAI O SENHOR – Músicas do Santini – nn. 83 – 231