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Liturgia de 07 de janeiro de 2020

TERÇA FEIRA - SEMANA EPIFANIA

(branco, pref. da Epifania ou do Natal - ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina

(Sl 117, 26).

Oração do dia

- Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à  nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1 Jo 4, 7-10

 

- Leitura da primeira carta de são João – Caríssimos: 7amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 72, 1-2.3-4ab.7-8 (R: 11)

- Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!


- Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!


- Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.

R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!


- Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!

R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho  (Lc 4,18).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,34- 44.

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!  


- Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

 

Liturgia comentada

Para que os distribuíssem... (Mc 6,34-44)

A multidão tem fome. O lugar é deserto. O bom senso manda que o Mestre mande embora o povo: “Despede-os!” (Mc 6,36) Esta parece ser a solução prática, pragmática, de quem está cansado da multidão. Mas não é a solução de Jesus.

Que faz o Mestre? Toma o pouco alimento disponível – 5 pães e 2 peixes! – e o multiplica. E “ia dando-o aos discípulos para que o distribuíssem”. O dom é de Deus, mas se dirige ao povo.

Como não recordar o ensinamento do primeiro Papa? “Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu”. (1Pd 4,10)

Pode não ser ouro nem prata, Pedro sabia disso ao acolher o aleijado de Atos 3,6: “Ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou: em nome de Jesus Nazareno, levanta-te e anda!”

O exemplo de Jesus não pode ser ignorado pela comunidade cristã: toda acumulação de dons – seja o dinheiro ou a terra, o saber ou técnica – deve ser vista como um abuso, como uma rapina contra o necessitado. Paróquias que recebem o dízimo e o acumulam em poupanças são uma negação detestável da mensagem do Evangelho.

Nossos jovens estudantes são estimulados a estudar para, no futuro, terem um bom emprego e um bom salário. Isto não é uma motivação cristã, mas pagã. Os jovens deveriam ouvir outro tipo de estímulo: - “Estude sério, adquira conhecimentos, habilidades e técnicas que lhe permitam, no futuro, atender às necessidades dos mais pobres e servir aos necessitados”.

É verdade que muita gente está praticando este Evangelho. Muitos profissionais se gastam em comunidades pobres, lecionam em escolas da periferia, vão em missão a países da África e ali imitam o exemplo de Jesus, mesmo que não sejam “pessoal da Igreja”.

Lembro-me do amigo italiano que, decepcionado, deixou o sacerdócio nos anos 60, estudou medicina e se especializou nas artes médicas da China. Passava seis meses na Itália, curando os ricos de doenças crônicas, juntava dinheiro e passava seis meses na África, cuidando da saúde dos miseráveis. Distribuía o dom recebido...

Que dons eu recebi para distribuir aos irmãos?

Orai sem cessar: “Graças a mim é que produzes fruto!” (Os 14,8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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