L Liturgia

A Igreja é o Corpo de Cristo CIC § 1547

O sacerdócio ministerial ou hierárquico dos bispos e dos presbíteros e o sacerdócio comum de todos os fiéis, embora “ambos participem, cada qual a seu modo, do único sacerdócio de Cristo [LG 10] ”, diferem, entretanto, essencialmente, mesmo sendo “ordenados um ao outro [LG 10] ”. Em que sentido? Enquanto o sacerdócio comum dos fiéis se realiza no desenvolvimento da graça batismal, vida de fé, de esperança e de caridade, vida segundo o Espírito o sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum, refere-se ao desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos.

É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e de conduzir sua Igreja. Por isso, é transmitido por um sacramento próprio, o sacramento da Ordem.

A Igreja é o Corpo de Cristo. Como tal, a Igreja toda participa da natureza e das funções de Cristo, sua cabeça. Isto inclui participar do seu sacerdócio. 

Mas além desse "sacerdócio comum dos fiéis" há o sacerdócio especial ou "ministerial" de Cristo, que certos membros da Igreja recebem mediante o sacramento das Sagradas Ordens.

Cada tipo de sacerdócio, comum ou ministerial, é uma participação do único sacerdócio de Cristo.

E ambos os tipos estão relacionados um com o outro.

As duas funções não se podem misturar, posto que se tratam de dois tipos radicalmente diferentes de sacerdócio. O sacerdote ministerial age em nome da comunidade, apresentando o Sacrifício a Deus. O sacerdote comum age em seu próprio nome, santificando-se de modo a se tornar uma hóstia viva e santa para o Senhor.

A diferença fundamental entre eles, é que: no Sacrifício Eucarístico, por exemplo, o sacerdote ordenado age "na pessoa de Cristo" e oferece o Sacrifício a Deus em nome de todos; e o povo se une ao sacerdote neste oferecimento. As duas funções, a do padre e a do povo, vão juntas.

Cristo é o único Sacerdote que está no meio do Antigo e Novo Testamento. Ele é o chefe de todo o culto que se oferece ao Pai. É o enviado do Pai, Vítima e Sacerdote ao mesmo tempo.

Na Igreja, Cristo ainda hoje continua na sua função sagrada, pois é Ele que prega e administra os sacramentos. No seu Sacerdote Eterno que recebeu do Pai, Ele continua celebrando o sacrifício santo e imaculado que é a Missa, continua tirando o pecado do mundo nos Sacramentos do Batismo e da Penitência, continua curando os doentes no Sacramento da Unção dos Enfermos, abençoando as famílias no Sacramento do Matrimônio. Ele continua pregando a Palavra de Deus, ajudando, aconselhando e consolando o seu povo.

Para refletir:

A Igreja toda é um povo de sacerdotes, reis e profetas como Cristo é Sacerdote, Rei e Profeta. O Batismo e a Crisma, ao nos enxertarem em Cristo, tornam-nos participantes do seu sacerdócio. O amigo ouvinte está consciente em sua vida de tão grande dignidade?

O Concílio ensina: "Na verdade, os ministros que são revestidos do poder sagrado estão ao serviço de seus irmãos, para que todos os que pertencem ao povo de Deus e gozam portanto da verdadeira dignidade cristã, tendem livre e ordenadamente para o mesmo fim e chegam 'a salvação. " (LG 18)

Rezemos por nossos sacerdotes para que tenham forças para exercer esse ministério, que significa serviço, grande e exigente.