L Liturgia

Liturgia de 25 de abril de 2019

QUINTA FEIRA - OITAVA DA PÁSCOA
(Branco,glória pref.da Páscoa I,  ofício próprio)

Antífona da entrada

 

- Senhor, todos louvaram, unânimes, a vossa mão vitoriosa, pois a vossa sabedoria abriu os lábios dos mudos e tornou eloqüente a língua das crianças, aleluia!  (Sb 10.20).

Oração do dia

 

- Ó Deus, que reunistes povos tão diversos no louvor do vosso nome, concedei aos que nasceram nas águas do batismo ter no coração a mesma fé e na vida a mesma caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 3,11-26

 

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 11como o paralítico não deixava mais Pedro e João, todo o povo, assombrado, foi correndo para junto deles, no chamado “Pórtico de Salomão”. 12Ao ver isso, Pedro dirigiu-se ao povo: “Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? 13O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 16Graças à fé no nome de Jesus, este Nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós. 17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados. 20Assim podereis alcançar o tempo do repouso que vem do Senhor. E ele enviará Jesus, o Cristo, que vos foi destinado. 21No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus, nos tempos passados, pela boca de seus santos profetas. 22Com efeito, Moisés afirmou: ‘O Senhor Deus fará surgir, entre vossos irmãos, um profeta como eu. Escutai tudo o que ele vos disser. 23Quem não der ouvidos a esse profeta, será eliminado do meio do povo’.  24E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, também eles anunciaram estes dias. 25Vós sois filhos dos profetas e da aliança, que Deus fez com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Através da tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’.
26Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou em primeiro lugar a vós, para vos abençoar, na medida em que cada um se converta de suas maldades”.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 8,2a.5.6-7.8-9 (R: 2ab)

 

- Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

R: Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!


- Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! Perguntamos: “Senhor, que é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”

R: Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!


- Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:

R: Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!


- As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.

R: Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

(Sl 117,24)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 24,35-48

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!  

 

- Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

  

 

Liturgia comentada
Por que estais preocupados? (Lc 24,35-48)

Jesus ressuscitou, venceu as barreiras da morte e vai ao encontro de seus discípulos. Como os encontra? Trancados no salão, com medo dos judeus. Jesus percebe neles o susto e o medo (cf. Lc 24,37). Duas maneiras de permanecerem paralisados e não anunciarem a Boa Nova que lhes foi confiada. Parece que ainda há discípulos na mesma situação...

Em sua Exortação apostólica Evangelii Gaudium (83), o Papa Francisco se refere a uma “psicologia do túmulo, que pouco a pouco transforma os cristãos em múmias de museu. Desiludidos com a realidade, com a Igreja ou consigo mesmos, vivem constantemente tentados a apegar-se a uma tristeza melosa, sem esperança, que se apodera do coração como ‘o mais precioso elixir do demônio’. Chamados para iluminar e comunicar vida, acabam por se deixar cativar por coisas que só geram escuridão e cansaço interior e corroem o dinamismo apostólico. Por tudo isto, permiti que insista: não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização!”

No Evangelho de hoje, quando percebem que não estão diante de um fantasma, mas Jesus está realmente vivo à sua frente, os discípulos saltam do desânimo para a alegria e a surpresa (v. 41). A alegria cristã é indispensável ao anúncio. Francisco nos recorda que “a alegria do Evangelho é tal, que nada e ninguém no-la poderá tirar (cf. Jo 16,22). Os males do nosso mundo – e os da Igreja – não deveriam servir como desculpa para reduzir a nossa entrega e o nosso ardor”. (EG,84)

Esta passagem do sentimento de derrota para a ousadia é uma espécie de “conversão” sem a qual o Evangelho permanece sufocado. O Papa afirma: “Uma das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre. Ninguém pode empreender uma luta, se de antemão não está plenamente confiado no triunfo. Quem começa sem confiança, perdeu de antemão metade da batalha e enterra os seus talentos. Embora com a dolorosa consciência das próprias fraquezas, há que seguir em frente, sem se dar por vencido, e recordar o que disse o Senhor a São Paulo: ‘Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza’. (2Cor 12,9.) O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as investidas do mal”. (EG, 85)

Tal como os discípulos se reanimam na presença do Ressuscitado, também nós deixaremos de lado o derrotismo e renasceremos na fé. “É precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós, homens e mulheres. No deserto, é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida. [...] Não deixemos que nos roubem a esperança!” (Idem)

Orai sem cessar: “Há abundância de alegria junto de vós!” (Sl 16,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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