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Liturgia de 21 de abril de 2019

DOMINGO - PÁSCOA DO SENHOR
(Branco,glória, sequência, pref.da Páscoa1,I semana do saltério)

Antífona da entrada

 

- Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia!  (Sl 138,18.5).

Oração do dia

 

- Ó Deus, por vosso Filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 10,34.37-43

 

- Livro dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 118,1-2.16ab-17.22-23 (R: 24)

 

- Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! ‘Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos!

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!

2ª Leitura: 1 Cl 3,1-4

 

- Leitura da carta de são Paulo apóstolo aos Colossenses: Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

SEQUÊNCIA

 

1 – Cantai, cristãos, afinal: “Salve, ó vítima pascal”! Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco.

2 – Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte.

3 – O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo! Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia?

4 – Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol...

5 – O Cristo, que leva aos céus, caminha à frente dos seus! Ressuscitou de verdade. Ó rei, ó Cristo, piedade!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- O nosso Cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade! (1Cor 5,7)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 20,1-9

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

- Glória a vós, Senhor!  

 

- 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo.  2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

                                         

Liturgia comentada
Ambos corriam juntos... (Jo 20,1-9)

Madrugada de domingo. Ainda está “meio escuro”. Mas todos parecem ter pressa... Depois do silêncio e da imobilidade do Sábado Santo, quando os corações estavam de luto pela morte do Senhor, os primeiros boatos sobre a Ressurreição injetam adrenalina e mobilizam os músculos... das pernas! É hora de correr!

De fato, Madalena corre até Simão Pedro para anunciar que o túmulo estava vazio. Pedro e o outro discípulo (João, que narra a cena) também correm. Correm juntos, diz o texto do Evangelho: duo simul, traduziu São Jerônimo.

Temos aqui dois tópicos para nossa reflexão. Se nosso cristianismo estacionou no Cristo morto da Sexta-feira Santa, adotaremos uma atitude estática, morna, rotineira. Deixaremos as coisas como estão. Teremos as pernas pesadas. Mas se ouvimos a boa notícia da Ressurreição do Senhor, de imediato moveremos as pernas e nos poremos a caminhar. No mínimo, nos moveremos para “verificar” a notícia. E, uma vez verificada, seremos os missionários que o Senhor deseja. Madre Teresa de Calcutá confirma: “Se queremos ser missionários, precisamos mover as pernas!”

O segundo ponto é que Pedro e João – isto é, a instituição e o carisma – corriam juntos, harmônicos e complementares. E se João, muito mais moço, chega primeiro, tem o visível cuidado e a reverência de aguardar por Simão Pedro. Este entrará primeiro no túmulo vazio. E ambos – juntos – contemplarão vazio o casulo formado pelas bandagens que antes envolveram o corpo do Senhor.

Os 32 kg de aromas (mirra em pó e aloés líquido) com que José de Arimateia envolvera o cadáver de Jesus, segundo o costume judaico (cf. Jo 19,39-40), produziram, após algumas horas, uma crosta sólida que manteve o formato do “casulo” depois que Jesus, ao ressuscitar, abandonou seu invólucro temporário. E sem desmanchar as bandagens que envolviam seu corpo, como se vê nos ícones da Igreja do Oriente! Foi esta imagem que levou o discípulo a ver e crer (v. 8).

Nossa Igreja precisa levar em conta esta permanente lição: a Instituição precisará sempre do ânimo novo do Carisma e não pode sufocá-lo. Este, por sua vez, depende muito da estabilidade e do discernimento da Hierarquia. Como nos ensinou o Concílio Vaticano II, o Espírito Santo “dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos”. (Cf. Lumen Gentium, 4.)

Inaugurando um novo tempo pascal, qual será o novo trajeto em que devemos caminhar? De que maneira nós estamos procurando harmonizar os nossos carismas com a instituição eclesial?

Orai sem cessar: “Fazei-nos, Senhor, testemunhas de vossa ressurreição!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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