L Liturgia

Que chame os presbíteros da Igreja” (CIC § 1516)

Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos [cf. Conc. de Trento: DS 1697; 1719; CIC cân. 1003; CCEO cân. 739,1] . É dever dos pastores instruir os fiéis sobre os benefícios deste sacramento. Que os fiéis incentivem os doentes a chamar o sacerdote, para receber este sacramento. Que os doentes se preparem para recebê-lo com boas disposições, com a ajuda de seu pastor e de toda a comunidade eclesial, que é convidada a cercar de modo especial os doentes com suas orações e atenções fraternas.

Reflexão: Primeiramente, o parágrafo aqui nos ensina que o ministro do sacramento da UE é o bispo e o presbítero, que não podem ceder a sua função nem a um diácono nem a um leigo.

"Veja que os fiéis devem ser instruídos a pedirem eles próprios este sacramento, de modo que possam, receber sem demora e em tempo oportuno, com toda fé e devoção, sem caírem no péssimo costume de adiar o sacramento" (cf. citação livre do Ritual da UE nº 13).

"A Igreja enfatiza a necessidade de catequese tanto para os enfermos quanto para os familiares. É preciso que o paciente tenha viva fé na salvação obtida pela morte e a ressurreição de Cristo, mediante as quais podemos entrar na vida eterna.

Em síntese: o valor da UE, pouco e mal conhecida em nossos dias, deve ser restaurada na consciência dos fiéis católicos. Tenha este sacramento entrada na espiritualidade dos nossos enfermos, de modo a ser o que realmente deve ser: alívio da alma e do corpo, e não a triste despedida de quem está prestes a deixar este mundo. É para desejar que se difunda no povo de Deus uma consciência pascal, ou seja, confiante e otimista, do que são a doença, o sofrimento e a morte (= passagem para a plenitude da vida). Na proporção em que essa consciência for tomando vulto, os cristãos serão ainda mais cristãos, pois mais estruturados pelo mistério da Páscoa." (Escola Mater Ecclesiae, Curso por correspondência sobre os sacramentos, pág. 174, 175, 177 e 181, Dom Estévão Bettencourt).

Para refletir:  "O padre solicito e zeloso não pode omitir-se do importante dever de visitar as ovelhas feridas pela doença. Às vezes o padre desconhece o estado de seus paroquianos prostrados pela enfermidade. Cabe à família, aos amigos ou ao próprio doente pedir a presença do sacerdote que fará todo o possível para comparecer. Também os agentes da pastoral da saúde não podem deixar de informar o pároco sobre a doença prolongada de paroquianos que foram sempre assíduos aos sacramentos. A visita do padre deve ser algo normal, expressão de amizade e paternidade espiritual. O padre não deve ser chamado só para dar os "últimos sacramentos" aos doentes mas para levar o conforto espiritual àqueles que não podem ir a Igreja" (Papa João Paulo II – O sentido cristão do sofrimento humano 19 e 20).

Amigo ouvinte, nunca tenha receio de chamar o sacerdote temendo incomodá-lo e muito menos esperar que o doente esteja inconsciente. A Igreja recomenda que não se adie indevidamente a UE. Normalmente o enfermo deve participar ativa e conscientemente.