L Liturgia

Liturgia de 18 de junho de 2018

SEGUNDA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde - Ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!  (Sl 26,7.9)

Oração do dia

 

- Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1Rs 21,1-16

 

- Leitura do Primeiro Livro dos Reis: Naquele tempo, 1Nabot de Jez­rael possuía uma vinha em Jez­rael, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria. 2Acab falou a Nabot: “Cede-me a tua vinha, para que eu a transforme numa horta, pois está perto da minha casa. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou, se preferires, pagarei em dinheiro o seu valor”. 3Mas Nabot respondeu a Acab: “O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais”. 4Acab voltou para casa aborrecido e irritado por causa desta resposta que lhe deu Nabot de Jezrael: “Não te cederei a herança de meus pais”. Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede, e não quis comer nada. 5Sua mulher Jezabel aproximou-se dele e disse-lhe: “Por que estás triste e não queres comer?” 6Ele respondeu: “Porque eu conversei com Nabot de Jezrael e lhe fiz a proposta de me ceder a sua vinha pelo seu preço em dinheiro, ou, se preferisse, eu lhe daria em troca outra vinha. Mas ele respondeu que não me cede a vinha”. 7Então sua mulher Jezabel disse-lhe: “Bela figura de rei de Israel estás fazendo! Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael”.
8Ela escreveu então cartas em nome de Acab, selou-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e nobres da cidade de Nabot. 9Nas cartas estava escrito o seguinte: “Proclamai um jejum e fazei Nabot sentar-se entre os primeiros do povo, 10e subornai dois homens perversos contra ele, que dêem este testemunho: ‘Tu amaldiçoaste a Deus e ao rei!’ Levai-o depois para fora e ape­drejai-o até que morra”. 11Os homens da cidade, an­ciãos e nobres concidadãos de Nabot, fizeram conforme a ordem recebida de Jezabel, como estava escrito nas cartas que lhes tinha enviado. 12Proclamaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se entre os primeiros do povo. 13Chegaram os dois homens perversos, sentaram-se diante dele e testemunharam contra Nabot diante de toda a assembleia, dizendo: “Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei”. Em virtude disto, levaram-no para fora da cidade e mataram-no a pedradas. 14Depois mandaram a notícia a Jezabel: “Nabot foi apedrejado e morto”. 15Ao saber que Nabot tinha sido apedrejado e estava morto, Jezabel disse a Acab: “Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por seu preço em dinheiro; pois Nabot já não vive; está morto”. 16Quando Acab soube que Nabot estava morto, levantou-se para descer até a vinha de Nabot de Jezrael e dela tomar posse.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 5, 2-3.5-6.7 (R: 2b)

 

- Atendei o meu gemido, ó Senhor!

R: Atendei o meu gemido, ó Senhor!


- Escutai, ó Senhor Deus, minhas palavras, atendei o meu gemido! Ficai atento ao clamor da minha prece, ó meu Rei e meu Senhor!

R: Atendei o meu gemido, ó Senhor!


- Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mal morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos.

R: Atendei o meu gemido, ó Senhor!


- Detestais o que pratica a iniquidade e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e enganador.

R: Atendei o meu gemido, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho  (Sl 118,105) 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,38-42

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

Liturgia comentada
Dá a quem te pede... (Mt 5,38-42)

Este Evangelho não passa pela goela. Fica entalado. Nosso conceito de justiça está atrelado ao sentimento de vingança. Por isso tantos defendem a pena de morte: matou, tem de morrer! Como se estivesse em vigor a Lei de Talião: olho por olho... Como se Cristo, ainda na cruz do Calvário, não tivesse pedido ao Pai que perdoasse a seus assassinos!

E assim aferrados à rejeição do conselho de Cristo – oferecer a outra face / dar também a preciosa capa -, nem chegamos a escutar a frase mais importante: “Dá a quem te pede!” E foi o mesmo Jesus quem nos ensinou a pedir ao nosso Pai do Céu: “Pedi e recebereis!” Ora, como pedir ao Pai se nós não atendemos aos irmãos que nos pedem?

Aliás, quando ensinou sobre o Juízo Final, aquele grande Dia em que estaremos perante o Juiz Universal, Jesus se identificou diretamente com o faminto que bate à nossa porta, com o enfermo que aguarda nossa visita. Sei não, mas é bom não ir despreparado para o nosso julgamento...

Hoje, quero dedicar-te um meu soneto: “Preparação para o Juízo”.

 

 Se eu posso ser os olhos para um cego,
Se um pão estendo à fome do andarilho,
Se cuido da viúva como um filho,
Se a quem me pede, estendo a mão, não nego...

  

Se, pressuroso, um copo d’água entrego
Ao sedento que passa pelo trilho,
Se o pródigo festejo com um novilho
E vivo exatamente como prego...

  

Então, serei um bem-aventurado,
Vendo Cristo no irmão que passa ao lado,
Sob a cruz tão pesada do abandono...

 

E que alegria quando se descobre
Que o Rei-Juiz é exatamente o pobre
Sentado glorioso no seu Trono!

  

Seria terrível perder o céu por uma capa que não quisemos ceder... Por mil passos que tentamos economizar... Péssima economia!

Orai sem cessar: “Senhor Jesus, ensina-me a amar!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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