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Liturgia de 21 de maio de 2018

SEGUNDA-FEIRA, DA VII SEMANA COMUM.
 (Verde, - ofício do dia)

Antífona da entrada

 - Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

Oração do dia

- Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Tg 3,13-18


- Caríssimos, 13quem dentre vós é sábio e inteligente? Que ele mostre, por seu reto modo de proceder, a sua prática em sábia mansidão. 14Mas se fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade, não vos glorieis nem procedais em contradição com a verdade. 15Essa não é a sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista, diabólica! 16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. 17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 19B,8.9.10.15 (R: 9a)

- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!


- A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!


- Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!


- É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!


- Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Jesus cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,14-29


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.

15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo.16Jesus perguntou aos discípulos: "Que discutis com eles?" 17Alguém na multidão respondeu: "Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram". 19Jesus disse: "Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino". 20E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca. 21Jesus perguntou ao pai: "Desde quando ele está assim?" O pai respondeu: "Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos". 23Jesus disse: "Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé". 24O pai do menino disse em alta voz: "Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé". 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele". 26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: "Ele morreu!" 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé. 28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: "Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?" 29Jesus respondeu: "Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela “oração e jejum ".

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Tudo é possível a quem crê! (Mc 9,14-29)

O Evangelho de hoje registra que o poder espiritual de Jesus domina também os maus espíritos. Um jovem possesso e sem paz é atormentado pelo demônio. Jesus interpela diretamente o “espírito mudo” e o expulsa.

Na descrição do próprio pai, o filho vivia em extremos de conduta, “do fogo para a água”. Curiosamente, a palavra SHALOM (a paz) escreve-se em hebraico com três consoantes: SHIN (as línguas de fogo), LAMED (a balança manual) e MEN (o odre de água). Isto é, o equilíbrio (o fiel da balança) entre os dois extremos (fogo e água). A paz como homeostasia, estabilidade. Perdida a paz, o jovem espuma, cai por terra, range os dentes, agita-se. Jesus, “nossa Paz” (cf. Ef 2,14), devolve-lhe o equilíbrio.

Desde o Séc. XIX, uma leitura racionalista (e em total ruptura com a sã tradição apostólica!) nega a existência de demônios e “explica” passagens como esta, afirmando que os possessos eram, na verdade, casos de epilepsia e doenças mentais. Ora, Jesus não manteria seus contemporâneos em tão grave engano. Nem teria sentido sua afirmação, em resposta à pergunta dos discípulos (v. 29), de que “tal gênero de demônio só pode ser expulso pelo jejum e pela oração”. (Cf. Mt 17,21.) O Mestre aponta o remédio espiritual para uma “doença espiritual”.

Historicamente, a Igreja sempre exerceu um ministério de libertação de pessoas possessas pelo demônio, ao praticar o exorcismo. O novo Código de Direito Canônico (de 1983) reserva a prática do exorcismo a presbíteros (padres) expressamente autorizados pelo Bispo diocesano.

Sim, esta é uma questão de fé. A mesma fé que faltou aos discípulos quando tentaram, em vão, expulsar o mau espírito daquele jovem. A mesma fé em falta nos racionalistas que negam os milagres de Jesus e seus “sinais” de poder, preferindo reduzi-los a fenômenos parapsicológicos ou atribuir sua interpretação a ignorância do povo. Enquanto isto, o demônio ateava fogo ao colchão do Santo Cura d’Ars e quebrava os dentes de Marthe Robin. Os sacerdotes que possuem experiência pastoral não adotariam a mesma cartilha racionalista...

Minha fé corresponde à fé da Igreja? Ou estou fabricando minha fé particular, mais cômoda e mais prática?

Orai sem cessar: Senhor, aumentai a nossa fé!
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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