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Liturgia de 01 de abril de 2018

DOMINGO - PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(branco, glória, creio, prefácio da páscoa I - I semana do saltério)

Antífona da entrada

- Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia! (Sl 138,18.5)

Oração do dia

- Ó Deus, por vosso Filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 10, 34.37-43

- Leitura dos Atos dos Apóstolos - Naqueles dias, 34Pedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judéia, a começar pela Galiléia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 118,1-2.16ab-17.22-23 (R: 24)

- Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!
R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


- A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso; Que maravilhas ele fez a nossos olhos!

R: Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!

2ª Leitura: Cl 3, 1-4


- Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses - Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Sequência

- Cantai, cristãos, afinal: “Salve, ó vítima pascal!” Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco.

- Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte.

-- O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo!/ Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia?

- “Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol...

- O Cristo, que leva aos céus, caminha à frente dos seus!” Ressuscitou de verdade. Ó Rei, ó Cristo, piedade!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade (1Cor 5,7).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 20, 1-9


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!

 - 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.  5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

  

Liturgia comentada
Ainda no escuro... (Jo 20,1-9)

Maria Madalena é a imagem da Igreja que, “ainda no escuro”, na madrugada do Domingo, insiste em buscar pelo Senhor, ainda que espere encontrar apenas um cadáver. Mas sua procura será recompensada por uma nova aurora.

Louis Bouyer comenta este Evangelho: “A narrativa da descoberta da ressurreição é o que João nos deixou da mais perfeita beleza. Sobre toda esta página reina uma atmosfera matinal. As trevas ainda envolvem a terra onde a Vida repousou no sepulcro por todo o sábado. Entretanto, desde o começo já se pressente que a Luz está próxima: o túmulo vazio nos leva a esperar por ela, os anjos a anunciam, e enfim ela surge, mas sua manifestação é tão pacífica, que de início não a percebemos”.

Este é o “jeito” de Deus. Ele jamais nos ofusca com uma luz excessiva que nos roubasse a liberdade de acolhê-la, jamais nos cega com verdades fulgurantes, mas permite que aos poucos, caminhando em um “chiaroscuro”, nos acomodemos à novidade.

“A novidade do túmulo vazio – prossegue o comentarista – emocionou os discípulos. Eles correm para lá, temendo o pior e, ao mesmo tempo, movidos por uma esperança indefinida. O bem-amado, sem dúvida mais jovem, é o primeiro a chegar. Um escrúpulo, uma delicadeza no limiar do mistério impede-o de se aproximar. Pedro ouve apenas a sua impaciência; então, o outro que o precedera até ali o segue. Ele vê e crê. Nada nos é dito sobre Pedro; é uma lembrança pessoal que João nos relata, mas nada acrescenta. O túmulo vazio é suficiente para convencê-lo. Até aqui, as Escrituras tinham permanecido obscuras para ele. Foi preciso que Jesus ressuscitasse; agora que isso aconteceu, ele encontra o que não soubera ver.”

Todos sabem que os adversários de Jesus, anciãos e sumos-sacerdotes, divulgaram o boato de que os discípulos teriam roubado o seu corpo do túmulo, na intenção de propagar a mentira da ressurreição (cf. Mt 28,12-15). No entanto, a própria narrativa dos evangelistas mostra que os discípulos tiveram dificuldade em acreditar na ressurreição, pois isto ia muito além de suas próprias expectativas. Mesmo diante do Ressuscitado, aquela presença lhes parecia impossível (cf. Lc 24,38-41).

Desde então, a Igreja compreendeu que estava diante do ponto de apoio de sua fé. Paulo o disse de modo definitivo: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento é também a vossa fé”. (1Cor 15,14)

Orai sem cessar:“Fazei-nos, Senhor, testemunhas de vossa ressurreição!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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