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Liturgia 08 de janeiro de 2018

SEGUNDA FEIRA - BATISMO DO SENHOR
(branco, glória, prefácio próprio - ofício da festa,)

 

Antífona da entrada

- Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor! (MT 3,16)

Oração do dia

- Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Is 42,1-4.6-7

 

- Leitura do Livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor: 1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos.
6Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirares os cativos da prisão, livrares do cárcere os que vivem nas trevas”.

- Palavra do Senhor.  

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 29, 1a.2.3ac-4.3b.9b-10 (R: 11b)

- Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!

R: Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!


- Filhos de Deus, tributai ao Senhor, tributai-lhe glória e poder! Dai-lhe a glória devida ao seu nome; adorai-o com santo ornamento!

R: Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!


- Eis a voz do Senhor sobre as águas, sua voz sobre as águas imensas! Eis a voz do Senhor com poder! Eis a voz do Senhor majestosa!

R: Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!


- Sua voz no trovão reboando! No seu templo os fiéis bradam: “Glória!” É o Senhor que domina os dilúvios, o Senhor reinará para sempre!

R: Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 1,7-11

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 7João Batista pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. 9Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. 11E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Meu Filho! (Mc 1,7-11)

Depois de séculos de nuvens e imagens nebulosas, agora os céus se rasgam (esta é a tradução da Bíblia de Navarra!) e Deus se manifesta claramente aos homens. Desta vez, temos uma teofania trinitária, quando se experimenta a presença ativa de toda a Trindade divina.

Nas águas límpidas do Jordão, revestido da carne dos mortais, mostra-se Jesus, o Filho que assumira nossa humanidade ao nascer de Mulher. Descendo em voo vertiginoso sobre ele, diante dos olhos de João Batista, eis o Espírito Santo na forma visível de uma pomba. E da nuvem celeste – a mesma que acompanhara Israel em seu êxodo - a voz do Pai vem identificar o seu Enviado: “Tu és o meu Filho amado...”

A mesma pomba que “pairava” sobre as águas primordiais, na Criação (Gn 1,2), e trouxera o ramo verde, após o Dilúvio, em sinal de reconciliação entre céu e terra (Gn 8,11), ei-la a descer no Jordão, sobre Jesus, cuja missão incluía a reconciliação entre Deus e a humanidade.

A partir de então, já não há nenhuma dúvida acerca da pessoa de Jesus Cristo: é que o próprio Pai o reconhece e atesta a sua filiação divina. Já não há como reduzir historicamente Jesus Cristo a um homem bom, um profeta, um ativista social, um “iluminado”; de fato, ele é a própria Luz do mundo (cf. Jo l,9; 8,12).

Quando o próprio Filho de Deus se faz um de nós, assumindo nossa carne mortal, também nós somos adotados pelo Pai e, pelo batismo, nos tornamos filhos de Deus. Doravante, pertencemos de fato à família de Deus. Assim, nós somos chamados a viver, de forma progressiva, uma imersão em Cristo, com ele configurados e, a seu exemplo, buscando em tudo a vontade do Pai.

Estamos diante de uma exclusividade cristã: a filiação divina. Em Jesus se enraíza nossa filiação ao Pai. Por isso mesmo, podemos rezar com Charles de Foucauld:

“Meu Pai, eu me abandono a Ti. Faze de mim o que bem quiseres. Entrego-me a Ti, meu Deus, com todo o ardor do meu coração, porque Te amo, e é uma necessidade de amor dar-me, entregar-me nas Tuas mãos, sem medida e com infinita confiança, porque és MEU PAI!”

          

Orai sem cessar: “Venham sobre mim as tuas bondades, Senhor!” (Sl 119,41)
Texto e soneto de Antônio Carlos Santini, da Com. Católica Nova Aliança.
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