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Liturgia de 21 de outubro de 2019

SEGUNDA FEIRA – XXIX SEMANA COMUM

(verde - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

- Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me. (Sl 16,6.8).

 

Oração do dia

 

- Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Rm 4, 20-25


- Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 20diante da promessa divina, Abraão não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se na fé e deu glória a Deus, 21convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu.
22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. 23Afirmando que a fé lhe foi creditada como justiça, a Escritura visa não só à pessoa de Abraão, 24mas também a nós, pois a fé será creditada também a nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, nosso Senhor. 25Ele, Jesus, foi entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Lc 1,69-70.71-72.73-75 (R: 68)

- Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.
R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.


- Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.

R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.


- Para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança.

R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.


- E o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.

R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus  (Mt 5,3).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 12, 13-21


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

 - Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada

A tua vida será reclamada... (Lc 12,13-21)

Aproxima-se de Jesus um homem que tinha queixas contra seu próprio irmão por motivo de uma herança não repartida. O Rabi da Galileia se vale da ocasião para nos alertar sobre o risco mortal da cobiça dos bens materiais. É a parábola do homem rico.

Claro que o problema não está simplesmente na posse da riqueza, mas no apego ao dinheiro e ao poder, autênticos ídolos que ocupam indevidamente o lugar de Deus no coração do homem, acabando por escravizá-lo e fechá-lo ao convívio dos mais pobres.

Diante de uma colheita acima da expectativa, o rico nem pensa em partilhar as sobras com os famintos. Ao contrário, decide demolir os celeiros acanhados e construir outros maiores: “Lá guardarei todo o MEU trigo e os MEUS bens”. Com o boi na sombra, chega a se propor um programa de vida centrado em si mesmo: “descansa, come, bebe, regala-te”. Autêntico refrão da filosofia hedonista, o velho “carpe diem” que sobrevive no mundo da produção e do consumo. Em resumo, curtir a vida...

Mas uma surpresa espera pelo aprendiz de economia. Deus lhe diz: “Ainda esta noite a tua vida será reclamada”. O avarento não terá tempo para executar seu programa. Os tesouros acumulados não acompanham a alma em sua passagem para o eterno.

De fato, ninguém pode prever a duração de sua vida. E ao término do caminho, todos nós passaremos por um juízo, um acerto final, quando então prestaremos contas do modo como utilizamos os bens que nos foram “emprestados” por Deus.

Daí, a lição do Mestre: não faz sentido preocupar-se com as coisas que passam – comida e roupas, por exemplo -, diante da importância dos valores eternos. O próprio Jesus, que vivia como pobre, “sem ter onde descansar a sua cabeça” (cf. Mt 8,20), deu-nos o exemplo mais acabado de simplicidade e pobreza. A casa de Nazaré, onde viveu por trinta anos, demonstra que a felicidade é compatível com a pobreza, enquanto o palácio dos ricos costuma ser o espaço do ódio, das contendas e da infelicidade.

Qual tem sido o objetivo de nossa vida? Acumular bens? Ou partilhar nossos dons?

Orai sem cessar: “Na observância de vossas ordens eu me alegro, Muito mais do que em todas as riquezas!” (Sl 119,14)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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