L Liturgia

Liturgia de 17 de dezembro de 2017

III DOMINGO DO ADVENTO
(roxo, ou róseo, creio, pref. do Advento I - III semana do Saltério)

Antífona da entrada

- Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto

(F l4,4).

Oração do dia

 

- Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre, com intenso júbilo, na solene liturgia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Is 61,1-2.10-11


- Leitura do Livro do profeta Isaías: 1O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; 2apara proclamar o tempo da graça do Senhor. 10Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija--se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas joias. 11Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl (Lc 1), 46-50.53-54 (R: Is61,10b)

- A minh’alma se alegra no meu Deus.

R: A minh’alma se alegra no meu Deus.


- A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

R: A minh’alma se alegra no meu Deus.


- O Poderoso fez por mim maravilhas. E Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam.

R: A minh’alma se alegra no meu Deus.


- De bens saciou os famintos, e despediu os ricos sem nada. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor.

R: A minh’alma se alegra no meu Deus.

2ª Leitura: 1 Ts 5,16-24


- Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: Irmãos: 16Estai sempre alegres! 17Rezai sem cessar. 18Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. 19Não apagueis o espírito! 20Não desprezeis as profecias, 21mas examinai tudo e guardai o que for bom. 22Afastai-vos de toda espécie de maldade! 23Que o próprio Deus da paz nos santifique totalmente, e que tudo aquilo que sois — espírito, alma e corpo — seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! 24Aquele que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção; enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação! (Is 61,1).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,6-8.19-28


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!

- 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio dar testemunho da luz.  19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”.  21Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”.  22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos de levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?”
23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.  28Isto aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Dar testemunho da Luz... (Jo 1,6-8.19-28)

João Batista, o precursor de Jesus, veio ao mundo com uma missão específica: apontar para o Cordeiro de Deus, o Cristo Senhor. Identificá-lo como o Messias esperado. E de fato, logo após reconhecer Jesus, às margens do Jordão, o Batizador é preso por Herodes e sai de cena para sempre.

A figura de João Batista tem sido habitualmente des-figurada, quando o veem como um lobo ululante a proferir maldições e ameaças. Ora – comenta o Ir. Éphraim, fundador das Beatitudes -, um homem que se alimenta de mel só pode proferir doçuras... Aquele que deve apontar o Cordeiro não pode uivar como um coiote do deserto, mas deve ser impregnado da mesma suavidade.

Nada disto, no entanto, impede que João [em hebraico, “Deus me fez graça” – reconhece Isabel!] realize sua tarefa: dar testemunho da Luz. Luz que é um dos nomes de Cristo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 9,5). É assim que João prepara as veredas do Salvador e, ao mesmo tempo, ensina que o evangelizador deve desempenhar o mesmo papel: abrir caminho para o Salvador.

O trabalho educativo dos pais é este: apontar para a luz. Insistentemente, sem cansaço, orientar os filhos. (Note que o verbo “orientar” liga-se ao Oriente, o lado de onde nasce o Sol!) Claro, isto supõe que os pais estejam “orientados” e sua vida seja mergulhada na luz pascal de Cristo. Que os próprios pais não caminhem nas trevas do erro e nos atalhos do mundo pagão. Os filhos têm direito a ver a luz de Cristo refletida na face e nos gestos de seus pais...

A legião de jovens que perambulam pela noite, sem rumo e direção, denuncia as trevas de seus lares. Ali, os pais não se reúnem para rezar, não buscam a graça dos sacramentos, não se alimentam com a Palavra de Deus. Sem a luz diurna que emana do Ressuscitado, resta aos jovens o luar sombrio do néon, a luz negra das casas noturnas, as sombras dos becos e dos corações.

Pobres filhos! Pobres pais! Cegos e guias de cegos! Fecharam os olhos à Fonte de Luz e vagueiam sem norte, sem ter aonde ir... A droga letal e o sexo sem amor são amargas compensações para quem não descobriu a Vida...

Mas, lá no fundo da noite, ainda brilha uma chama: é a Luz de Cristo, acesa na Vigília Pascal, a irradiar cintilações para todos os quadrantes. E nós, cristóforos [portadores de Cristo], temos a missão do Batista: testemunhar ao mundo que a Luz ainda brilha e quer iluminar todos os desvãos da sociedade.

Quando o faremos?

Orai sem cessar: “Em tua luz vemos a luz!” (Sl 36[35],10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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