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Liturgia 31 de janeiro de 2020

SEXTA FEIRA - SÃO JOÃO BOSCO - SACERDOTE E FUNDADOR.

 (branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

Antífona da entrada

- Deixai vir a mim os pequeninos e não impeçais, diz o Senhor. O reino do céu pertence aos que parecem com eles (Mc 10,14).

Oração do dia

 

- Ó Deus, que suscitastes são João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos, colocando-nos inteiramente ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2 Sm 11,1-10.13-17


- Leitura do segundo livro de Samuel: 1No ano seguinte, na época em que os reis costumavam partir para a guerra, Davi enviou Joab com os seus oficiais e todo o Israel e eles devastaram o país dos amonitas e sitiaram Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém. 2Ora, um dia, ao entardecer, levantando-se Davi de sua cama, pôs-se a passear pelo terraço de sua casa e avistou dali uma mulher que se banhava. Era uma mulher muito bonita. 3Davi procurou saber quem era essa mulher e disseram-lhe que era Betsabéia, filha de Eliam, mulher do hitita Urias. 4Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem. Ela veio e ele deitou-se com ela. 5Em seguida, Betsabeia voltou para casa. Como ela concebesse, mandou dizer a Davi: “Estou grávida”. 6Davi mandou esta ordem a Joab: “Manda-me Urias, o hitita”. E ele mandou Urias a Davi. 7Quando Urias chegou, Davi pediu-lhe notícias de Joab, do exército e da guerra. 8E depois disse-lhe: “Desce à tua casa e lava os pés”. Urias saiu do palácio do rei e, em seguida, este enviou-lhe um presente real. 9Mas Urias dormiu à porta do palácio com os outros servos do seu amo, e não foi para casa. 10E contaram a Davi, dizendo-lhe: “Urias não foi para sua casa”. 13Davi convidou-o para comer e beber à sua mesa e o embriagou. Mas, ao entardecer, ele retirou-se e foi-se deitar no seu leito, em companhia dos servos do seu senhor, e não desceu para sua casa. 14Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joab e mandou-a pelas mãos de Urias. 15Dizia nela: “Colocai Urias na frente, onde o combate for mais violento, e abandonai-o para que seja ferido e morra”. 16Joab, que sitiava a cidade, colocou Urias no lugar onde ele sabia estarem os guerreiros mais valentes. 17Os que defendiam a cidade, saíram para atacar Joab, e morreram alguns do exército, da guarda de Davi. E morreu também Urias, o hitita.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.5-6a.6bc-7.10-11 (R: 3a)

- Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado e apagai completamente a minha culpa!

R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


- Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador já minha mãe me concebeu.

R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


- Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, e exultarão estes meus ossos que esmagastes. Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgressões!

R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (MT 11,25)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 4,26-34

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!

 

- Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

 

Liturgia comentada

À sua sombra... (Mc 4,26-34)

O Reino de Deus é um espaço de acolhida. Foi de início minúscula semente. Lançada à terra, germinou e cresceu. Tempos depois (nunca sabemos quanto!), desenvolveu-se o suficiente para ter galhos fortes, capazes de sustentar os ninhos das aves do céu, que ali encontram segurança e proteção.

Sim, é uma imagem dinâmica: fala de um Reino sempre em transformação, em crescimento, nunca pronto. Mas a imagem também aponta para uma finalidade: existem, ao longe, aves do céu (isto é, povos estrangeiros, que não conhecem ainda a Boa Nova do Evangelho) que irão precisar de pouso e acolhida. E isto é nossa missão...

A Igreja (como parte do Reino de Deus) não existe para si mesma. Existe para a Humanidade inteira. Que nos ensina o Concílio Vaticano II? “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração.” (Gaudium et Spes,1.)

O arbusto da mostarda - que chega a uns 3m de altura na Palestina – serve de inspiração para nossas famílias. Precisamos crescer a ponto de acolher os outros. Se nós ficamos raquíticos, não nos sentimos capazes de acolher a ninguém. Nem mesmo os próprios filhos! Aliás, é esse mesmo raquitismo espiritual (e não a conjuntura econômica!) que nos leva a evitar filhos. Logo o verbo “evitar”, que se aplica a pragas, doenças e desastres...

Ao contrário, se crescemos como árvore frondosa, temos ramos suficientes para acolher os filhos. Ali, eles serão gerados, educados, formados na fé. Por sua vez, quando o vento soprar e levar bem longe as sementes da paineira (Epa! A árvore cresceu!), serão eles os geradores de novos núcleos familiares, cheios de vida e de força, para acolher tantas aves migratórias em busca de descanso...

Não só as famílias... A paróquia, as comunidades novas, os Institutos religiosos – todos são chamados a crescer como o grão de mostarda. O mundo precisa de nós, hoje mais do que nunca! “As presentes condições do mundo tornam ainda mais urgente este dever da Igreja, a fim de que os homens, hoje mais intimamente unidos por vários vínculos sociais, técnicos e culturais, alcancem também total unidade em Cristo.” (Lumen Gentium, 1.)

Orai sem cessar: “E grande será a paz dos teus filhos!” (Is 54,13)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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