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Liturgia de 09 de julho de 2019

TERÇA FEIRA  – SANTA PAULINA DE JESUS – RELIGIOSA E VIRGEM
(Branco, pref. comum ou das virgens  – Ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- A estrada dos justos é como a luz, cresce do amanhecer até o pleno dia.

(Pr 4,18)

Oração do dia

 

- Ó Deus onipotente e eterno, que exaltais os humildes e simples e conduzistes a santa Paulina pelo caminho da santidade através da provação, do trabalho humilde e da oração constante, concedei-nos, por seu auxílio e a seu exemplo, suportar com fortaleza os sofrimentos de cada dia e encontrar a plenitude de vossa graça no serviço às pessoas, especialmente às mais necessitadas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Gn 32,23-33

- Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 23Jacó levantou-se ainda de noite, tomou suas duas mulheres, as duas escravas e os onze filhos e passou o vau do Jaboc. 24Depois de tê-los ajudado a passar a torrente, e atravessar tudo o que lhe pertencia, 25Jacó ficou só. E eis que um homem se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora. 26Vendo que não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se deslocou, enquanto lutava com ele. 27O homem disse a Jacó: “Larga-me, pois já surge a aurora”. Mas Jacó respondeu: “Não te largarei, se não me abençoares”. 28O homem perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Respondeu: “Jacó”. 29Ele lhe disse: “De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste”. 30Perguntou-lhe Jacó: “Dize-me, por favor, o teu nome”. Ele respondeu: “Por que perguntas-me o meu nome?” E ali mesmo o abençoou. 31Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel, dizendo: “Vi Deus face a face e tive poupada a minha vida”. 32Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por causa da coxa. 33Por isso os filhos de Israel não comem até hoje o nervo da articulação da coxa, pois Jacó foi ferido nesse nervo.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 17,1.2-3.6-7.8b.15 (R:15a)

 

- Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!

R: Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!


- Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios.

R: Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!


- De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo. Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniquidade.

R: Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!


- Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai-me o vosso ouvido e escutai-me! Mostre-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.

R: Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!


- Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.

R: Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Eu sou o bom pastor, conheço  minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor  (Jo 10,14).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,32-38

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada
Operários para a messe... (Mt 9,32-38)

Homem do povo falando ao povo, Jesus retira suas imagens do meio em que vive: as aves do céu, as tarefas do lar, o trabalho do campo. Assim, ao falar da missão dos evangelizadores, ele tem diante dos olhos um trigal dourado, as espigas maduras, à espera dos ceifadores que parecem tardar...

Conforme comenta Santo Agostinho [+430], “Cristo estava cheio de entusiasmo por sua obra e se dispunha a enviar operários. E vai enviar os ceifadores. ‘É verdadeiro o provérbio: Um semeia, outro ceifa. Eu vos enviei a colher ali onde não tivestes trabalho; outros assumiram o esforço, e vós vos aproveitais de seus trabalhos’. (Jo,37-38)”

Não é interessante que Jesus veja a evangelização como um “trabalho”? Algo que exige boa dose de esforço e cansaço... Algo inseparável de sofrimento e suor... Algo que não se faz por uma inclinação natural, mas movido por certa “necessidade”.

Nós sentimos como “necessário” o trabalho de evangelizar? Ou nos parece algo opcional? Algo bom, sem dúvida, mas apenas uma atividade entre outras, que sinalizaria em nós um degrau mais elevado de santidade ou de vida beneficente? Algo importante, mas que não nos diz respeito?

Não é isso que grita o apóstolo Paulo: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor, 9-16) Paulo sabe que a revelação recebida na estrada de Damasco não poderia ser escondida do mundo sem o peso da culpa que recai sobre os indiferentes. Paulo sabe que foi alvo de um privilégio e, assim, deve ao Senhor uma resposta de amor.

O mesmo aconteceu com os missionários de todos os tempos. Eles eram acima de tudo operários de uma construção inadiável: o Reino de Deus! Depois de experimentarem em suas vidas a invasão do Amor divino, eles não podem calar essa descoberta. Daí em diante, os apaixonados não podem ficar neutros e indiferentes à multidão que desconhece o mesmo amor...

Contemplando as multidões, Jesus via a vasta seara a ser colhida. As sementes da Graça já haviam sido semeadas. O tempo da colheita já havia chegado. Era o tempo de enviar os ceifadores.

Como reage o nosso coração diante da sociedade atual que se afasta da fé e vai perdendo a esperança? Ficaremos indiferentes? Será que as espigas se perderão?

Orai sem cessar: “Enviai, Senhor, operários para vossa messe!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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