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Liturgia de 21 de junho de 2019

SEXTA FEIRA – SÃO LUíS GONZAGA - RELIGIOSO
(Branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)

Antífona de entrada

 

- O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário. (Sl 23,4.3)

Oração do dia

 

- Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por seus méritos e preces, imitá-lo na penitência, se não o seguimos na inocência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2Cor 11,18.21-30

 

- Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 18já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21bO que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 22São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23São servos de Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24Cinco vezes recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia em alto-mar. 26Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos.
27Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28E, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! 29Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei!

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7 (R: 18b)

 

- O Senhor liberta os justos de todas as angústias!

R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!


- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!


- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome!

Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!


- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha!

ste infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.

R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!


Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3) 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,19-23

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

  

Liturgia comentada
Onde o tesouro, aí o coração... (Mt 6,19-23)

Já ouvi pessoas a dizerem frases como esta: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, todos os meus problemas estariam resolvidos!” Por um lado, este filósofo considera que a economia e as finanças determinam o sentido de sua vida; por outro lado, absolutiza o dinheiro, dele fazendo um ídolo. E Deus cede seu lugar no pedestal...

No Evangelho de hoje, Jesus aponta para o caráter efêmero, transitório e, por isso mesmo, relativo dos bens deste mundo. Você junta um tesouro e pode perdê-lo para o cupim (que rói) ou para o ladrão (que rouba). Quantas vezes uma mulher juntou moeda por moeda e, enfim, conseguiu comprar o vestido fino (e caro!) que ocupava os seus sonhos. Pouco depois, ao abrir o guarda-roupa, vê que as traças fizeram um rendilhado no seu “tesouro”!

Claro que Jesus não estava preocupado com nossos prejuízos materiais! Ele lamenta que nossa loucura nos leve a orientar nossa vida para acumular valores relativos e, em consequência, deixemos de lado ou em segundo plano o valor absoluto, que é o amor do Pai. “Porque onde está o teu tesouro, aí está o teu coração.”

O tesouro pode ser um diploma sonhado. Pode ser o “marido ideal”. Pode ser um bichinho de pelúcia, sem o qual a noite se transforma em pesadelo. E como Deus nos quer livres e espiritualmente maduros, sempre usará da pedagogia de nos levar a perder o “tesouro” (com minúscula), tentando abrir nossos olhos - e nosso coração! - para o Tesouro (com maiúscula)...

Jesus faz referência a um tal “olho doente”, que pode envolver em trevas toda a nossa pessoa. O Apóstolo João fala da “concupiscência dos olhos” (1Jo 2,16), essa avidez que atrai nossa atenção para os brilharecos deste mundo e nos distrai do Senhor. E não deixa de ser trágico gastar toda a vida para acumular aquilo que não poderemos levar para a eternidade: casas, terras, dinheiro, carros, sucesso...

Lembram-se do jovem rico que desejava seguir a Jesus? Era bom e justo, mas apegado a sua herança. Esse apego o impediu de dar o grande passo de sua vida. Desde o início, a Igreja descobriu que o seguimento fiel a Jesus exigia o amor à vida sóbria e à simplicidade, daí o voto de pobreza.

E quanto a nós? Onde está o nosso tesouro? Onde ancoramos o nosso coração?

Orai sem cessar: “Se vos possuo, nada mais me atrai na terra!” (Sl 73,25b)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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