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Liturgia de 05 de junho de 2019

QUARTA FEIRA - JOSÉ BONIFÁCIO BISPO E MÁRTIR
(branco, pref. da Ascensão - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

- A luz eterna brilhará para os vossos santos, Senhor, e eles viverão eternamente, aleluia. (4Esd 2,35)

Oração do dia

- Interceda por nós, ó Deus, o mártir são Bonifácio, para que guardemos fielmente e proclamemos em nossas obras a fé que ele ensinou com sua palavra e testemunhou com seu sangue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 20, 28-38


- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos de que, durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32Agora entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando deste modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber’”. 36Tendo dito isto, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto, e lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 68, 29.30.33-34.35-36 (R: 33a)

- Reinos da terra cantai ao Senhor.

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.

 

- Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, confirmai este poder que por nós manifestastes, a partir de vosso templo, que está em Jerusalém, para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.

 

- Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa.

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.

 

- Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,7)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 17, 11-19


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11b“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Para que eles sejam um... (Jo 17b,11b-19)

O clima de despedida que envolve a Última Ceia de Jesus com seus discípulos não poderia evitar um sentimento de urgência. O Mestre aproveita para deixar seu “testamento” espiritual, que inclui uma aspiração do mais íntimo de seu ser: “Pai, que todos sejam um!”

Este foi o título que o Papa João Paulo II escolheu para a Encíclica sobre o ecumenismo [1995], como preparação para o Jubileu do ano 2000. Logo na abertura, ele escreve: “Ut unum sint! O apelo à unidade dos cristãos, que o Concílio Ecuménico Vaticano II repropôs com tão ardoroso empenho, ressoa com vigor cada vez maior no coração dos crentes, especialmente quando já se aproxima o ano 2000, que será para eles Jubileu sagrado, comemoração da Encarnação do Filho de Deus, que Se fez homem para salvar o homem.

O testemunho corajoso de tantos mártires do nosso século, incluindo também membros de outras Igrejas e Comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica, dá nova força ao apelo conciliar, lembrando-nos a obrigação de acolher e pôr em prática a sua exortação. “Estes nossos irmãos e irmãs, irmanados na generosa oferta das suas vidas pelo Reino de Deus, são a prova mais significativa de que todo o elemento de divisão pode ser vencido e superado com o dom total de si próprio à causa do Evangelho”.

Em apenas dois parágrafos, muito a notar! O Papa reconhece a existência de “mártires” – testemunhas da fé em Cristo – no seio de outros grupos cristãos não católicos. Igualmente, dá o nome de “Igrejas” a esses agrupamentos de cristãos. Não os chama de hereges, mas deixa entender algum grau de comunhão conosco, ainda que não seja uma “plena comunhão”. E, claro, aponta para a meta a ser atingida: vencer e superar todo elemento de divisão.

Quais seriam os “elementos de divisão” a serem superados? Em primeiro lugar, o ódio. O mesmo ódio que justificou “guerras de religião”, com vítimas do lado católico e do lado não católico. Mais perto de nós, hoje, estão a calúnia, o desprezo, a zombaria, a recusa do diálogo. Quem leu os evangelhos sabe que Jesus não nos deu nada disso como ferramenta de evangelização.

O Papa pergunta: “Poderão os cristãos recusar-se a fazer todo o possível para, com a ajuda de Deus, abater muros de divisão e desconfiança, superar obstáculos e preconceitos que impedem o anúncio do Evangelho da Salvação através da Cruz de Jesus, único Redentor do homem, de todo o homem?

Orai sem cessar: “Como é bom irmãos unidos viverem juntos!” (Sl 133,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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