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Liturgia de 09 de agosto de 2018

QUINTA FEIRA – XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2,6).

 

Oração do dia

 

- Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Jr 31,31-34

 

- Leitura do livro do profeta Jeremias: 31“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor. 33Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de ins­crevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’; todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51, 12-13.14-15.18-19 (R: 12a)

 

- Ó Senhor, criai em mim um co­ração que seja puro!

R: Ó Senhor, criai em mim um co­ração que seja puro!


- Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Ó Senhor, criai em mim um co­ração que seja puro!


- Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

R: Ó Senhor, criai em mim um co­ração que seja puro!


- Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

R: Ó Senhor, criai em mim um co­ração que seja puro!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja. E as portas do inferno não irão derrotá-la! (Mt 16,18).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 16,13-23

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto não te aconteçerá!23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

  

Liturgia comentada
Isto não te acontecerá! (Mt 16,13-23)

Pedro, movido pelo Espírito Santo, acabara de reconhecer em Jesus o Filho de Deus. Seu ministério na Igreja acabara de lhe ser revelado. Deve ter-se alegrado com a hipótese da primazia entre seus pares. Mas não está disposto a aceitar o anúncio da Paixão e Morte do Senhor. Daí, sua falsa profecia: “Isto não te acontecerá!”

Ora, neste exato momento, Simão, a Pedra, torna-se pedra de escândalo, aquele calhau que faz tropeçar e cair. Por isso mesmo, ele merecerá do Senhor o nome do adversário: Satã. Até então, Pedro devia alimentar projetos que não coincidiam com os desígnios de Deus. No inconsciente coletivo de Israel, pulsava o antigo sonho de um Messias vencedor, que viria libertar o povo do tacão romano. Natural que Pedro não fosse capaz de ver o sofrimento e a cruz como um caminho de salvação. Natural que preferisse a glória, aplausos e poder...

Nós também não somos diferentes. Por certo, temos repetido em nosso íntimo: “Isto não ME acontecerá!” Ao nosso lado, o sofrimento campeia: desemprego, enfermidades, perseguições, divórcios, traições... Mas conosco será diferente, pensamos. “Eu não mereço uma cruz assim. Deus não vai fazer ISSO comigo!”

Ora, Deus sabe muito bem o que é bom para nós. Sabe do notável potencial de salvação embutido na Cruz. Por isso mesmo, não despreza a “pedagogia” da dor, capaz de reorientar a vida de quem deixou as coisas eternas nas últimas linhas de sua agenda. Assim, se for para nosso bem, para nossa salvação, a Cruz baterá à nossa porta.

E que bom se nos decidirmos a abraçá-la, tal como Jesus Cristo abraçou a sua!  Que bom se pudermos dizer a Deus a mesma oração que Jesus dirigiu ao Pai: “Se possível, afasta de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade e, sim, a tua...”

Nesse dia, então, teremos alguma coisa para oferecer ao Senhor. Reconhecendo nossa vida como uma missa, nossa pessoa como um altar, apresentaremos a nós mesmos como vítima espiritual (cf. Rm 12,1), hóstia agradável ao Pai, em união com o Filho, Cordeiro imolado.

Como temos recebido as pequenas cruzes que Deus nos apresenta?

Orai sem cessar: “Meu sacrifício, Senhor, é um espírito contrito!” (Sl 50,19)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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