Liturgia de 20 de setembro de 2023

QUARTA FEIRA – SANTOS ANDRÉ E PAULO MÁRTIRES

(vermelho pref. comum ou dos mártires – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

- Alegremo-nos todos no Senhor. celebrando este dia festivo em honra dos santos mártires. Conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus

 

Oração do dia

- Ó Deus, criador e salvador de todas as raças, por vossa bondade, chamastes à fé a muitos irmãos na região da Coréia e os fizestes crescer pelo testemunho glorioso dos mártires André, Paulo e seus companheiros. Concedei que, pelo exemplo e intercessão deles, possamos perseverar até a morte na observância de vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Tm 3, 14-16

- Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo - Caríssimo, 14escrevo com a esperança de ir ver-te em breve. 15Se tardar, porém, quero que saibas como proceder na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 111,1-2.3-4.5-6 (R: 2a)

 

- Grandiosas são as obras do Senhor!

R: Grandiosas são as obras do Senhor!

 

- Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos!  Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
R: Grandiosas são as obras do Senhor!


- Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente!  O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!


- Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. 
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,31-35

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

 

- Naquele tempo, disse Jesus: 31Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: 'Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!' 33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: 'Ele está com um demônio!'  34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: 'Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!' 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.' 

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

  

Liturgia comentada

São como crianças... (Lc 7,31-35)

Em outra passagem do Evangelho, Jesus manda imitar as crianças em sua simplicidade e ternura filial, chamando a Deus de “Abbá”, “paizinho”. Desta vez, porém, o comportamento infantil (ou melhor, infantilizado) torna-se alvo da censura do Mestre. É que Jesus de Nazaré não correspondia à expectativa de muitos, que se punham a reclamar, a achar defeitos em Jesus, a ponto de lhe dar o rótulo de endemoninhado.

 

Não sem humor, Jesus compara seus críticos às crianças imaturas e insatisfeitas que vivem chorando e reclamando. Na Palestina de seu tempo, havia duas ocasiões que marcavam profundamente a vida do povo: os casamentos e os funerais. Nestes, as mulheres faziam o importante papel de carpideiras, chorando estrepitosamente o falecido, diante dos lamentos proferidos pelos homens. Já nos casamentos, os homens eram encarregados da música, enquanto as mulheres dançavam.

 

Assim como em nossa cultura, as crianças gostam de brincar imitando os adultos. Na Palestina, brincavam exatamente de casamento e de enterro. E acontecia que alguém propunha um brinquedo e o outro discordava, provocando o mau humor (e até o choro) da criança que fizera a proposta. Esta é a imagem usada por Jesus para denunciar a má vontade dos fariseus e doutores da lei, que não quiseram “jogar o jogo” que Deus lhes oferecia em Jesus... “Tocamos flauta, e não dançastes... Entoamos queixumes, e não chorastes...” Umas crianças emburradas!

 

Seria também o nosso caso? Temos queixas e reclamações contra o Espírito de Deus que fala através da Igreja? Nosso Deus nos tem decepcionado quando faz propostas que não correspondem a nossos comodismos e preferências? Continuamos incapazes de “dançar conforme a música”? Faremos como Simão Pedro que achou prudente dar um puxão de orelhas no seu Mestre?

 

Talvez seja esta a explicação para muitas “conversões” (com aspas, por favor!), quando trocamos de paróquia ou até de Igreja porque as coisas não correram como nós esperávamos... Tínhamos um mapa mental e a receita ideal para a religião. Aí, a realidade destoou de nossos projetos e não fomos capazes de dar uma resposta ao desafio que nos era oferecido. Saímos chorando – imaturos e infantis – como os menininhos da velha Palestina...

 

Orai sem cessar: “Na minha noite, me fazes conhecer a sabedoria.” (Sl 51,8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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