Liturgia de 31 de julho de 2023

SEGUNDA FEIRA – SANTO INÁCIO DE LOIOLA – PRESBÍTERO E FUNDADOR

(branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

 

Antífona da entrada 

- Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor,

(Fl 2,10s).

 

Oração do dia

- Ó Deus, que suscitastes em vossa Igreja santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, fazei que, auxiliados por ele, imitemos seu combate na terra, para partilharmos no céu sua vitória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ex 32,15-24.30-34

- Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias: 15Moisés voltou do cume da montanha, trazendo nas mãos as duas tábuas da aliança, que estavam escritas de ambos os lados. 16Elas eram obra de Deus e a escritura nelas gravada era a escritura mesma de Deus. 17Josué, ouvindo o tumulto do povo que gritava, disse a Moisés: 'Há gritos de guerra no acampamento!'. 18Moisés respondeu: 'Não são gritos de vitória, nem gritos de derrota; o que ouço são vozes de gente que canta'. 19Quando chegou perto do acampamento, e viu o bezerro e as danças, Moisés encheu-se de ira e arremessou por terra as tábuas, quebrando-as no sopé da montanha. 20Em seguida, apoderou-se do bezerro que haviam feito, queimou-o e triturou-o, até reduzi-lo a pó. Depois, espalhou o pó na água, e fez os filhos de Israel beberem dela. 21Moisés disse a Aarão: 'Que te fez este povo, para atraíres sobre ele tão grande pecado?' 22Aarão respondeu: 'Não se indigne o meu Senhor. Tu bem sabes que este povo é inclinado ao mal. 23Eles me disseram: 'Faze-nos deuses que caminhem à nossa frente, pois quanto àquele Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu'. 24Eu, então, lhes disse: 'Quem de vós tem ouro?' Eles trouxeram ouro e me entregaram, e eu lancei-o no fogo e saiu este bezerro'. 30No dia seguinte, Moisés disse ao povo: 'Vós cometestes um grandíssimo pecado. Mas vou subir ao Senhor para ver se de algum modo poderei obter perdão para o vosso delito'. 31Moisés voltou para junto do Senhor, e disse: 'Ah! este povo cometeu um grandíssimo pecado: fizeram para si deuses de ouro. 32Peço-te que lhe perdoes esta culpa, senão, risca-me do livro que escreveste'. 33O Senhor respondeu a Moisés: 'É aquele que pecou contra mim que eu riscarei do meu livro. 34E agora vai, e conduze este povo para onde eu te disse. O meu anjo irá à tua frente; mas, quando chegar o dia do castigo, eu os punirei por este seu pecado'. 

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 106,19-20.21-22.23 (R: 1a)

- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

 

- Construíram um bezerro no Horeb e adoraram uma estátua de metal;  eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um boi que come feno.

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

 

- Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; 
no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

 

- Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, 
interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse.

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Deus nos gerou pela Palavra da verdade como primícias de suas criaturas.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,31-35


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

 

- Naquele tempo, 31Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. 

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada

...a mais pequenina das sementes... (Mt 13,31-35)

Pequenina, sim, mas vai crescer. O exegeta alemão Joachim Jeremias lembra que o homem oriental vê as coisas de um modo diferente do nosso. Não considera o aspecto de transformação, de evolução progressiva, como nós. Ao contrário, olha uma ponta (a minúscula semente) e a outra ponta (a árvore já crescida). E contempla o mistério ali embutido.

 

E como Deus gosta de trabalhar com as coisas pequenas! Gosta de agir por meio de gente pequena. E a graça de Deus manifesta um dinamismo invencível: com pouco, faz muito! Os servos de Deus, mergulhados na missão que lhes foi dada, sempre se admiram com a desproporção entre seus limitados recursos humanos e as maravilhas impensáveis que o Senhor realiza por meio deles. Até mesmo a humilde Virgem de Nazaré chegou a exclamar: “O Senhor fez em mim maravilhas!” (Lc 1,49.)

 

Foi com um sentimento da mesma natureza que compus o soneto “Folha ao Vento”:

 

Pequena é minha vida. A força é pouca

Para lutar tão áspero combate:

Na oposição, o ânimo me abate;

Para louvar, a minha voz é rouca...

 

 

Quando falas, minha alma se faz mouca

E não abre ao Amor que, humilde, bate...

E assim, de disparate em disparate,

Prossegue o seu caminho como louca!

 

 

Pequeno sou, meu Deus! Pequeno sou

E, como folha seca, ao vento eu vou

Voando e revoando pela estrada...

 

 

Mas não faz mal que tão perdido eu ande:

Se sou pequeno, o teu Amor é grande

Para um dia, ser tudo no meu nada...

 

Orai sem cessar: “O menor se tornará um milhar!” (Is 60,22)

Texto e soneto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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