Liturgia de 20 de junho de 2022

SEGUNDA FEIRA – XII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

- O Senhor é a força do seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos.  (Sl 27.8)

 

Oração do dia

- Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Rs 17,5-8.13-15a.18

- Leitura do segundo livro dos Reis: Naqueles dias, 5Salmanasar, rei da Assíria, invadiu todo o país. E, chegando a Samaria, sitiou-a durante três anos.

6No nono ano de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os habitantes de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Hala e nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média. 7Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha tirado do Egito, libertando-os da opressão do Faraó, rei do Egito, porque tinham adorado outros deuses.  8Eles seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado de diante deles, e as leis introduzidas pelos reis de Israel. 13O Senhor tinha advertido seriamente Israel e Judá por meio de todos os profetas e videntes, dizendo: “Voltai dos vossos maus caminhos e observai meus mandamentos e preceitos, conforme todas as leis que prescrevi a vossos pais e que vos comuniquei por intermédio de meus servos, os profetas”. 14Eles, porém, não prestaram ouvidos, mostrando-se tão obstinados quanto seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus. 15aDesprezaram as suas leis e a aliança que tinham feito com seus pais, e os testemunhos com que os havia garantido. 18O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face, restando apenas a tribo de Judá.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 60,3.4-5.11-12a.12b-13 (R: 7b)

 

- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
R: Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!


- Rejeitastes, ó Deus, vosso povo e arrasastes as nossas fileiras; vós estáveis irados: voltai-vos!

R: Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!


- Abalastes, partistes a terra, reparai suas brechas, pois treme. Duramente provastes o povo, e um vinho atordoante nos destes.

R: Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!


- Quem me leva à cidade segura, e a Edom quem me vai conduzir, se vós, Deus, rejeitais vosso povo e não mais conduzis nossas tropas?

R: Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!


- Dai-nos, Deus, vosso auxílio na angústia; nada vale o socorro dos homens! Mas com Deus nós faremos proezas, e ele vai esmagar o opressor.

R: Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- A palavra do Senhor é viva e eficaz; ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 7,1-5

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não jul­gueis, e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que me­dirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada

Para que não sejais julgados... (Mt 7,1-5)

Ninguém gosta de ser julgado. E o desgosto é maior quando nossos erros e fracassos são julgados com dureza, sem que seja levada em consideração a boa intenção que tivemos ao agir (ou não agir). O povo tem até uma frase lapidar para isto: “De bem-intencionados o inferno está cheio!”

 

Ora, neste Evangelho, Jesus Cristo nos dá um autêntico imperativo: “Não julgueis!” Ele sabe que conhecemos mal as pessoas, não vemos o interior, o profundo do ser. Só Deus tem essa faculdade, por isso cabe a ele o julgamento.

 

Isto não significa que tenhamos de brincar de “Poliana” e juntar o bem o mal na mesma caçamba. É por isso que Santo Agostinho comenta esta passagem, dizendo:

“Julgo que aqui não se diz outra coisa, senão que devemos interpretar no melhor sentido aquelas coisas que não sabemos com qual intenção foram feitas. Deus nos permite julgar aquelas coisas que não se podem fazer com boa intenção, como as blasfêmias, os estupros e outras coisas parecidas. Mas sobre os feitos duvidosos, que podem ser realizados com boa ou má intenção, é temerário fazer juízo, sobretudo para condenar.”

 

Este ensinamento de Jesus acontece em nosso benefício. É que todos nós, no devido tempo, passaremos por um julgamento. Não se trata apenas do juízo final, mas do “pequeno juízo” que nos aguarda na passagem desta vida para a vida definitiva: “Está determinado que se morra somente uma vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hb 9,27) Se está à nossa espera o banco dos réus, não temos o direito de nos arvorar em magistrados...

 

S. Agostinho comenta a “medida com a qual medimos os outros”: “Se julgamos com juízo temerário, haveremos de ser julgados por Deus de modo temerário? Se medirmos com medida iníqua, Deus nos há de julgar com outra do mesmo tipo? Creio que o nome de medida dá a entender o próprio juízo. Mas isto se disse, porque é necessário que a temeridade com que castigas o outro castigue a ti, pois muitas vezes a iniquidade não prejudica em nada o que sofre a injúria, mas necessariamente prejudica aquele que a comete”.

 

 

Um rápido passeio pelas redes sociais nos mostra a facilidade com que as pessoas são julgadas, em verdadeiro desfile de ódios, antipatias e partidarismo fora de medida. O Evangelho de hoje deve servir-nos de alerta. Quem avisa, amigo é...

 

Orai sem cessar: “Preserva a tua língua do mal!” (Sl 34,14)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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