Liturgia de 25 de outubro de 2021

SEGUNDA FEIRA – SANTO ANTÔNIO GALVÃO - PRESBÍTERO

(branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

 

Antífona da entrada 

- Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

 

Oração do dia 

- Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, por sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Rm 8, 12-17

- Leitura da carta de são Paulo aos Romanos - 12Irmãos, temos uma dívida, mas não para com a carne, para vivermos segundo a carne. 13Pois, se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se, pelo espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis. 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá – Pai! 16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros – herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo –; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 68, 2.4.6-7ab.20-21 (R: 21a)

 

Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador!

R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador!

 

- Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Mas os justos se alegram na presença do Senhor, rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!

R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador!

 

- Dos órfãos ele é pai, das viúvas, protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.

R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador!

 

- Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!

R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13, 10-17


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

 

- Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus. 14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”. 15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?” 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Incapaz de olhar para cima... (Lc 13,10-17)

Mais uma vez, Jesus realiza uma cura física em pleno dia de sábado, o único dia da semana judaica que proibia trabalhos braçais, como... a medicina! Sim, lembrar que a palavra “cirurgia” [do grego cheiro = mão; urgia = trabalho] significa “trabalho manual”. O trabalho dos médicos daquele tempo era considerado trabalho braçal.

Seu ato de compaixão gera de imediato a crítica e a reprovação do chefe da sinagoga. Prontamente, Jesus lembra aos presentes que um boi ou um burro caído na vala – mesmo em dia de sábado! – seria logo retirado do buraco. Natural, ouvindo Jesus, o povo se divertia com a “saia justa” de suas lideranças religiosas...

Vejam bem: o boi não pode esperar; o jumento não pode esperar; a mulher podia esperar... É assim que Jesus de Nazaré desmascara os preceitos e preconceitos dominantes na sociedade humana. É que deixar na vala um animal até o dia seguinte poderia causar prejuízos materiais. Já essa infeliz aleijada, tanto faz...

Mas eu vejo um traço de união entre as três personagens deste Evangelho: o boi só olha para baixo; o burro só olha para baixo; a entrevada não podia olhar pra cima. Ao curar aquela mulher, no entanto, Jesus permite que ela volte a olhar para o céu.

Não é este o grande problema de nosso tempo? A multidão não olha mais para cima. Nada se espera do céu (e “céu” é a palavra que usamos para não gastar o nome santo de Deus). Nossas expectativas estão ao nível do chão. Estamos todos olhando “para baixo”: a cotação do dólar, o preço do tomate, o aumento do salário, a rentabilidade da poupança, o aumento das vendas, os índices de audiência, o número de dizimistas...

Olhar para o céu significa “esperar de Deus”. Esperar da Graça. Esperar daquele que faz chover sobre justos e injustos (cf. Mt 5,45), independentemente de seus méritos. Esperar como o povo simples que repete a frase de Abraão: “Deus proverá”. (Gn 22,8)

Contemplo a multidão que desce as escadas, ao final da missa de domingo. Estarão felizes? Voltam para casa cheios de esperança? Ouviram mais uma vez que podem olhar para o céu e terão suas necessidades atendidas por um Deus que é Pai?

 

Orai sem cessar: “Para ti, Senhor, levanto os olhos!” (Sl 123,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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