Liturgia de 07 de setembro de 2021

TERÇA FEIRA – XXIII SEMANA DO TEMPO COMUM 

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

- Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia (Sl 118,137.124).

 

Oração do dia

- Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Cl 2,6-15

- Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: Irmãos, 6assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor, assim continuai a guiar-vos por ele: 7enraizados nele e edificados sobre ele, apoiados na fé que vos foi ensinada, dando-lhe muitas ações de graças. 8Estai alerta, para que ninguém vos enrede com sua filosofia e com doutrina falsa, baseando-se em tradição humana e remontando às forças elementares do mundo, sem se fundamentar em Cristo. 9Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. 10Dele também vós estais repletos, pois ele é a Cabeça de todas as forças e de todos os poderes. 11Nele, vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. 12Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. 13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. 14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz; 15Ele despojou as autoridades e os poderes sobre-humanos e os expôs publicamente em espetáculo, levando-os em cortejo triunfal.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 145,1-2.8-9.10-11 (R: 9a)

 

- O Senhor é muito bom para com todos.
R: O Senhor é muito bom para com todos.


- Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre.

R: O Senhor é muito bom para com todos.


- Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

R: O Senhor é muito bom para com todos.


- Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

R: O Senhor é muito bom para com todos.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure

(Jo 15,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,12-19

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

 

 

- 12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;  15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Is­cariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

  

Liturgia comentada

Teu Nome... (Sl 145 [144])

O Nome de Deus é algo tão sublime, que um dos Dez Mandamentos o envolve de nobreza: “Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão”.(Dt 5,11) Esta salvaguarda foi levada ao extremo de adotar, para o Nome do Senhor, uma grafia impronunciável: o Tetragrama sagrado YHWH. No texto da Escritura, as quatro letras eram lidas como Senhor, Adonai. Mantinha-se distância entre nossos lábios impuros e a santidade do Nome de Deus. Aliás, recentemente, um documento da Santa Sé exortava os católicos a não utilizarem a palavra “Javé” em seus cânticos e preces, como atitude respeitosa para com os irmãos do judaísmo.

Não se trata, porém, de atribuir a qualquer palavra um poder mágico deflagrado por sua pronúncia ou sua grafia. Na mentalidade bíblica, nome e pessoa são duas realidades inseparáveis. Não apenas como a veste e o homem, mas como a pele e a carne. É neste sentido que Paulo repete o primitivo hino litúrgico da Igreja: “Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho dos seres celestes, dos terrestres e dos que vivem sob a terra”. (Fl 2,10 – BJ).

Obviamente, Deus não cabe em um nome. Não é possível encerrá-lo em uma palavra, nem tampouco fazer de seu nome uma espécie de mantra ao modo dos hindus. No entanto, como observa uma nota da TOB, o nome de Deus nos serve como um “memorial”, pois nos ajuda a não perder sua memória, permitindo-nos invocá-lo em nossas preces: “Este é meu nome para sempre, e assim me invocareis de geração em geração”. (Ex 4,15b)

As coisas ficaram mais fáceis para os cristãos, que se dirigem ao Pai [Abbá] por Jesus, o Filho, no Espírito Santo. Quando o Filho de Deus se encarnou, nascendo de Mulher, recebeu um nome humano, Jesus, que alude diretamente à salvação oferecida por Deus [Jesus = Yahweh salva, Deus é salvação].

Este nome foi indicado pelo anjo de Deus na Anunciação a Maria de Nazaré: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc 1,31) Como é de praxe na Escritura, o nome aponta para a missão. No caso de Jesus, a salvação da humanidade. Várias vezes, na Bíblia, Deus muda o nome de seus enviados: Abrão torna-se Abraão, Simão torna-se Cefas, Saulo será Paulo. Daí o antigo costume de mudar de nome na profissão religiosa.

Pessoalmente, prefiro dirigir-me a Deus com o nome de Pai, tal como Jesus o fez na oração do Pai-Nosso. Muitos o chamam de “Senhor”, o que pode prender o orante na posição de servo da casa. Ao invocar a Deus como “Pai”, eu me situo como filho e, naturalmente, disposto a amar e obedecer. Em nosso batismo cristão, nós recebemos o nome de... filhos...

 

Orai sem cessar: “Santificado seja o vosso nome!” (Lc 11,2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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