Liturgia de 14 de agosto de 2021

SÁBADO - SÃO MAXIMILIANO KOLBE PRESBÍTERO E MÁRTIR
(vermelho, pref. comum ou dos mértires - ofício da memória)

 

Antífona da entrada

- Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,34.40).

 

Oração do dia

- Ó Deus, inflamastes são Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir, com amor à Virgem imaculada e lhe destes grande zelo pastoral e dedicação ao próximo. Concedei-nos, por sua intercessão, que trabalhemos intensamente pela vossa glória no serviço do próximo, para que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Js 24,14-29

- Leitura do livro de Josué: Naqueles dias, Josué disse a todo o povo: 14“Agora, pois, temei o Senhor e servi-o com um coração íntegro e sincero, e lançai fora os deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia e no Egito e servi ao Senhor. 15Contudo, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. 16E o povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor, para servir a deuses estranhos. 17Porque o Senhor, nosso Deus, ele mesmo é quem nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi ele quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos, e no meio de todos os povos pelos quais passamos. 18O Senhor expulsou diante de nós todas as nações, especialmente os amorreus, que habitavam a terra em que entramos. Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”. 19Então Josué disse ao povo: “Não podeis servir ao Senhor, pois ele é um Deus santo, um Deus ciumento, que não suportará vossas transgressões e pecados. 20Se abandonardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, ele se voltará contra vós, e vos tratará mal e vos aniquilará, depois de vos ter tratado bem”. 21O povo, porém, respondeu a Josué: “Não! É ao Senhor que serviremos”. 22Josué então disse ao povo: “Sois testemunhas contra vós mesmos de que esco­lhestes o Senhor para servi-lo”. E eles responderam: “Sim! Somos testemunhas!”  23Sendo assim”, disse Josué, “tirai do meio de vós os deuses estranhos e inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel”. 24O povo disse a Josué: “Serviremos ao Senhor, nosso Deus, e seremos obedientes aos seus preceitos”. 25Naquele dia, Josué estabeleceu uma aliança com o povo, e lhes propôs preceitos e leis em Siquém. 26Josué escreveu estas palavras no Livro da Lei de Deus. A seguir, tomou uma grande pedra e levantou-a ali, debaixo do carvalho que havia no santuário do Senhor. 27Então Josué disse a todo o povo: “Esta pedra que estais vendo servirá de testemunha contra vós, pois ela ouviu todas as palavras que o Senhor vos disse, para que depois não possais renegar o Senhor, vosso Deus”. 28Em seguida, Josué despediu o povo, para que fosse cada um para suas terras. 29Depois desses acontecimentos, morreu Josué, filho de Nun, servo do Senhor, com a idade de cento e dez anos.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 16,1-2a.5.7-8.11 (R: 5a)

 

- O Senhor é a porção da minha herança!
R: O Senhor é a porção da minha herança!


- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos.

R: O Senhor é a porção da minha herança!


- Eu bendigo ao Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R: O Senhor é a porção da minha herança!


- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R: O Senhor é a porção da minha herança!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 

- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 19,13-15

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

 

- Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. 15E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Deixai vir a mim as criancinhas! (Mt 19,13-15)

Em geral, “ser criança” é uma desvantagem. Os mais velhos diziam: “Não se meta em assunto de gente grande!” Ou advertiam: “Deixa de ser criança!” Certo jeito de ser pode merecer críticas: “Fulano é muito infantil...”

Parece que Jesus pensava diferente. Ele chega a dizer: “Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus!” (Mt 18,3) Sendo assim, deve alguma vantagem em ser criança... Uma santa bem pequenina – a “pequena Teresa” – pode ajudar-nos nesta compreensão. Ela escreveu em seus manuscritos autobiográficos:

“Quero encontrar o meio de ir para o céu por uma via muito direta, muito curta, uma pequena via, totalmente nova. Estamos num século de invenções. Agora, não é mais preciso subir os degraus de uma escada, nas casas dos ricos um elevador a substitui com vantagens. Eu também gostaria de encontrar um elevador para elevar-me até Jesus, pois sou pequena demais para subir a íngreme escada da perfeição.”

Teresinha prossegue: “Procurei, então, na Sagrada Escritura a indicação do elevador, objeto do meu desejo, e li estas palavras da eterna Sabedoria: ‘Quem for pequenino, venha cá; ao que falta entendimento, vou falar’. Vim, então, adivinhando ter encontrado o que procurava e querendo saber, ó Deus, o que faríeis ao pequenino que respondesse a vosso apelo, continuei minhas pesquisas e eis o que achei: ‘Como a mãe acaricia seus filho, eu vos consolarei, vos levarei ao meu peito e vos acalentarei sobre meus joelhos”.

E a pequena Teresa conclui: “O elevador que deve elevar-me até o céu são vossos braços, ó Jesus! Para isso eu não preciso crescer; pelo contrário, preciso permanecer pequena, e que o venha a ser sempre mais”. (Manuscrito C, 271.)

A visão que Teresa de Lisieux nos repassa constituía, naquela época de áspero jansenismo, uma autêntica revolução. Saía também do foco a imagem da escada de São João Clímaco, gravada nos ícones do Oriente cristão, com seus 30 degraus inclinados, representando as virtudes a serem galgadas com suor e sacrifício, até atingir as nuvens celestiais.

Não se conquista o céu. O céu é para ser acolhido como a criança acolhe os beijos da mãe. E eu sei que os filhos crescidos nem sempre aceitam esses beijos. Pior para eles...

 

Orai sem cessar: “Virei em socorro de minhas ovelhas!” (Ez 34,22)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.