Liturgia de 28 de agosto de 2020

SEXTA FEIRA – SANTO AGOSTINHO – BISPO E DOUTOR

(branco, pref. comum ou dos pastores, ofício da memória)

Antífona da entrada

 

- No meio da Igreja, o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória (Eclo 15,5).

 

Oração do dia

 

- Renovai, ó Deus, na vossa Igreja aquele espírito com o qual cumulastes o bispo Santo Agostinho para que, repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria, e só a vós busquemos, autor do amor eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Cor 1,17-25

 

- Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 17de fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a Boa Nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria. 18A pregação a respeito da cruz é uma insensatez para os que se perdem, mas para os que se salvam, para nós, ela é poder de Deus. 19Com efeito, está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e frustrarei a perspicácia dos inteligentes”. 20Onde está o sábio? Onde o mestre da Lei? Onde o questionador deste mundo? Acaso Deus não mostrou a insensatez da sabedoria do mundo? 21De fato, na manifestação da sabedoria de Deus, o mundo não chegou a conhecer Deus por meio da sabedoria; por isso, Deus houve por bem salvar os que creem por meio da insensatez da pregação.
22Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; 23nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. 24Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. 25Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 33,1-2.4-5.10ab.11 (R: 5b)

 

- Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!
R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!


- Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!

R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!


- Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!


- O Senhor desfaz os planos das nações e os projetos que os povos se propõem. Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar.

R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Vigiai e orai para ficardes de pé ante o filho do homem! (Lc 21,36).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,1-13

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previ­dentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

 

Liturgia comentada

Não sabeis... (Mt 25,1-13)

De uma coisa nós todos sabemos: morreremos um dia. Mas há algo que, de fato, não sabemos: quando isto acontecerá. Até que venha esse dia, temos tempo. Um tempo indeterminado, diferente de pessoa para pessoa, pois uns morrem no parto, outros na infância, muitos na juventude e na idade madura. Se o tal dia demorar, morreremos na velhice, mas ninguém escapa desse fim natural...

O tempo que temos é uma espécie de investimento que Deus fez em nós: devemos fazê-lo render em gestos de amor, servindo os irmãos e trabalhando na construção do Reino de Deus. Exatamente por saber que o tempo é finito, cresce nossa responsabilidade em vivê-lo bem. Se o passamos distraidamente, alheios à nossa missão, ou o empregamos mal, prejudicando nossos companheiros de caminhada, seremos cobrados por isso.

Nesta parábola do Evangelho, Jesus recria uma festa de casamento – mais uma alusão à vida de comunhão com Deus -, quando dez virgens esperam pela hora de acompanhar o noivo em seu cortejo nupcial. Cinco se distraem e levam suas lamparinas com pouco azeite. São loucas, imprudentes. Outras cinco são prudentes e sábias, pois levam azeite de reserva para uma longa espera na noite.

Toda a parábola pode ser resumida em uma palavra: vigilância! Não se distrair com nada, mas centrar-se no essencial, mantendo as lâmpadas acesas. A qualquer momento – e ninguém o pode prever! – ouvir-se-á o brado na escuridão: “O noivo está chegando!” Quem estiver preparado, entrará para o banquete...

O cristão crê na vida eterna, isto é, recebeu uma revelação a respeito da vida que se prolonga além da morte, infinitamente. Finda nossa experiência histórica (e não existe segunda época! Cf. Hb 9,27), mergulhamos na eternidade. Nas palavras da Liturgia, vita mutatur, non tollitur: a vida é transformada, não é tirada. Quem optou pela vida, no amor e no bem, terá uma eternidade em Deus. Quem fez a opção contrária, passará uma eternidade sem Deus. A estas duas situações, chamamos de céu e inferno.

Nada nos permite ignorar que já começamos, aqui no tempo, a preparar a nossa eternidade.

 

Orai sem cessar: “Vou manter-me no meu posto de guarda, estarei de pé no baluarte!” (Hab 2,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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