Liturgia de 24 de agosto de 2020

SEGUNDA FEIRA – SÃO BARTOLOMEU - APÓSTOLO

(vermelho, glória, pref. dos Apóstolos, ofício da festa)

Antífona da entrada

 

- Anunciai todos os dias a salvação de Deus, proclamai a sua glória às nações (Sl 95,2).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, fortalecei em nós aquela fé que levou são Bartolomeu a seguir de coração o vosso Filho e fazei que, pelas preces dos apóstolos, a vossa Igreja se torne sacramento da salvação para todos os povos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ap 21,9-14

 

- Leitura do Apocalipse de são João: 9bUm anjo falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade Santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: 145,10-11.12-13ab.17-18 (R:12a)

 

- Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!


- Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!


- Para espalhar vossos prodígios entre os homens, e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração!

R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!


- É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.

R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Mestre, tu és o Filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,45-51

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

- Glória a vós, Senhor!   

 

- 45Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Donde me conheces?! (Jo 1,45-51)

Ao ser elogiado por Jesus de Nazaré, Natanael (também chamado Bartolomeu) estranha: “De onde me conheces? Como podes saber que sou um israelita de verdade, em quem não há fingimento?” (Cf. Jo 1,48.) Jesus dá uma explicação um tanto misteriosa, como quem partilha de um segredo exclusivo dos dois: “Eu te vi quando estavas debaixo da figueira!”

Ainda hoje, “estar debaixo da figueira”, no meio palestino, significa estar meditando para tomar uma decisão importante. Se admitirmos – como afirmam alguns exegetas – que o casamento de Jo 2, em Caná de Galileia, são as bodas de Natanael, é cabível a ilação de que Natanael hesitava em se casar e, após muito meditar, decidiu cumprir suas promessas de noivado. Bastaria isto para ser avaliado como “israelita sem fingimento”...

Mas o que nos interessa de perto é saber que Jesus nos conhece. Assim como no primeiro encontro com Natanael o Mestre Jesus demonstra possuir um íntimo conhecimento do futuro apóstolo, assim mesmo ele nos conhece. O olhar de Jesus perscruta nossos corações e nada em nós lhe pode ser oculto.

É como se ele nos dissesse hoje: “Eu te vi no momento em que foste concebido... Eu te vi quando nasceste... Eu te vi, na infância, quando choravas sozinho naquele quarto... Eu te vi adolescente, quando sofreste aquela dolorosa experiência... Eu te vejo agora, mesmo quando disfarças tua dor e tua perplexidade diante dos rumos que tomou a tua existência...”

Estamos sempre debaixo do olhar amoroso de Deus. É a face de um Deus cheio de amor e de misericórdia que nos foi revelada em Jesus Cristo. Um Deus capaz de se compadecer de nossas misérias, de nossos pecados. Ali onde o mundo nos condenaria, ele nos abraça, acolhe e perdoa...

Quando Jesus diz a Natanael de onde o conhecia, o jovem se espanta e faz uma profissão de fé: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” E Jesus replica, com leve ironia: “Verás coisas maiores que esta...”

Também nós, quando nos abandonamos ao Deus que nos conhece em nosso íntimo, também nós caminharemos de espanto em espanto, ao ver como a presença de Deus em nossa vida é real e atuante. Enquanto os poderes e as promessas deste mundo se revelam frágeis e enganosas, Deus permanecerá fiel.

Como é bom saber que existe alguém que nos conhece de verdade!

 

Orai sem cessar: “Sabeis tudo de mim!” (Sl 139,2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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