Liturgia de 25 de junho de 2020

QUINTA FEIRA – XII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- O Senhor é a força do seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos.  (Sl 27.8)

Oração do dia

 

- Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2 Rs 24,8-17

 - Leitura do segundo livro dos Reis: 8Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noestã, filha de Elnatã, de Jerusalém. 9E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito. 10Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. 11Nabu­codonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam. 12Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros. Isto aconteceu no oitavo ano de seu reinado. 13Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. 14Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país. 15Deportou Joaquim para a Ba­bilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país. 16Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. 17E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 79,1-2.3-5.8-9 (R: 9b)

- Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


- Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


- Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


- Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai me amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 7,21-29

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Mas ela não desabou... (Mt 7,21-29)

Duas casas. Dois terrenos. Uma casa edificada na areia. Outra, cravada sobre a rocha. Dois destinos bem diversos: ruína e segurança. A areia é o símbolo da instabilidade, da insegurança. A rocha simboliza a firmeza, a solidez, a tal ponto que a Escritura chama a Deus de “meu Rochedo”.

O Mestre usou as duas figuras em uma parábola acerca das duas atitudes possíveis perante a Palavra de Deus. Recusá-la, trocá-la por outra “palavra”, por outros valores e princípios, equivale a construir sobre a areia. Um terreno lábil, movediço, permeável, sujeito a todo tipo de influência, pressão e agressão. Cai a chuva, vem a enchente, rugem os ventos e... lá está a casa no chão.

Foi assim com muitas vidas, muitas empresas, muitos casamentos. Buscaram apoio no dinheiro, no poder político, nas garantias financeiras. Vem uma tempestade (um plano econômico, uma alta do petróleo, uma doença inesperada...) e tudo cai por terra. A casa não tinha fundamentos sólidos. Ruiu.

Nos noticiários, a derrocada de impérios econômicos construídos sobre a corrupção, propinas, negociatas fora da lei. Os agentes de tudo isso apostaram sua vida e seu futuro no poder e na posse material. Seu fim foi funesto.

As tempestades sobrevêm a todos, sem preferências. A diferença está nos seus efeitos. Quem se apoia na Palavra de Deus, nos valores do Evangelho, no exemplo dos santos, verá sua “casa” de pé, quando a inundação passar. É nessa Rocha – Jesus Cristo, Palavra do Pai – que o sábio constrói a sua casa. Uma casa de virtudes cristãs: confiança em Deus, partilha com os irmãos, fé nas promessas do Senhor, humildade e paciência. Esta casa não desabará.

A mesma avaliação vale para os Estados. A Alemanha nazista pregava o ódio, a soberba do Super-homem ariano, a derrubada da Cruz. Depois de ilusória expansão, ela caiu por terra, deixando atrás de si a morte e a destruição. Teve o mesmo fim a União Soviética, que sufocava desde o ventre materno a fé das crianças, fazendo do ateísmo e do materialismo histórico seu novo “evangelho”, enquanto dividia as pessoas com muros e arames farpado.

Curiosamente, há quem recuse a Palavra de Deus em nome do direito de escolher o próprio caminho, viver na liberdade. Ora, a primeira coisa que fazem os governos totalitários e inimigos de Cristo é exatamente roubar dos cidadãos a liberdade de expressão e de fé. Em nome da liberdade, tornam-se escravos...

Em que terreno estou edificando a casa da minha vida? Rocha ou areia?

Orai sem cessar: “Só Deus é meu rochedo e minha salvação!” (Sl 62, 7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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