F Formação

Liturgia de 12 de novembro de 2017

DOMINGO DA XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - IV semana do saltério)

Antífona da entrada

- Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).

Oração do dia

 

- Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1º Sb 6, 12-16

- Leitura do Livro da Sabedoria: 12A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa.
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é encontrada por aqueles que a procuram. 13Ela até se antecipa, dando-se a conhecer aos que a desejam. 14Quem por ela madruga não se cansará, pois a encontrará sentada à sua porta. 15Meditar sobre ela é a perfeição da prudência; e quem ficar acordado por causa dela em breve há de viver despreocupado. 16Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem, cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas
e vai ao seu encontro em todos os seus projetos.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 63, 2-8 (R: 2b)

- A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

R: A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.


- Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh'alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água!

R: A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.


- Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam.
R: A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.


- Quero, pois vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minh'alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios.
R: A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.


- Penso em vós no meu leito, de noite, nas vigílias suspiro por vós! Para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto!

R: A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

2ª Leitura: 1Ts 4,13-18

- Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses : 13Irmãos, não queremos deixar-vos na incerteza a respeito dos mortos, para que não fiqueis tristes como os outros, que não têm esperança. 14Se Jesus morreu e ressuscitou - e esta é nossa fé - de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte. 15Isto vos declaramos, segundo a palavra do Senhor: nós que formos deixados com vida para a vinda do Senhor não levaremos vantagem em relação aos que morreram. 16Pois o Senhor mesmo, quando for dada a ordem, à voz do arcanjo e ao som da trombeta, descerá do céu
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17Em seguida, nós que  formos deixados com vida seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim estaremos sempre com o Senhor. 18Exortai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Mt 24,42.44)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25, 1-13


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola: 1'O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: `O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!' 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: `Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.' 9As previdentes responderam: `De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores'. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou,
e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: `Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!' 12Ele, porém, respondeu: `Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!' 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!


Liturgia comentada
O noivo está chegando! (Mt 25,1-13)

Exclusiva do Evangelho de Mateus, esta parábola – diz Hébert Roux – pode ser lida como uma alegoria sobre o arrebatamento da Igreja ou, ainda, a vinda da Nova Jerusalém. É que certos manuscritos, no vers. 1, fazem menção da “esposa” ao lado do esposo, o que justificaria esta interpretação.

No Novo Testamento, várias vezes Cristo é apresentado como o “esposo” que se prepara para as núpcias, e a imagem de um “casamento” ou Aliança entre Deus e seu povo atravessa toda a Escritura.

Mas o interesse central desta parábola – comenta H. Roux – está na importância dada ao momento crucial da chegada do esposo que se faz esperar no meio da noite.

“O momento da vinda do Filho do homem é e permanece secreto: é conhecido apenas de Deus e só depende de sua vontade. Pode estar perto ou longe, pode ser precipitado ou retardado. Na realidade, ele é ao mesmo tempo próximo e remoto. Quando, depois de ter demorado, enfim chega o esposo ‘no meio da noite’, sua vinda ainda permanece súbita e surpreendente, como se chegasse mais cedo que o esperado.”

A Escritura Sagrada está repleta de perguntas semelhantes: “Quando será? Até quando devemos esperar?” E o próprio Jesus a responder-nos: “Não cabe a vós saber dos tempos e momentos...” (Cf. At 1,7) Trata-se de uma decisão soberana de Deus, em sua infinita liberdade – certamente orientada pela misericórdia...

Como pano de fundo, o TEMPO. A história dos homens, sim, mas acima de tudo a história de cada um de nós. A entrada no Reino ou a exclusão dele dependem da maneira como usamos nosso tempo (feito de horas, dias e anos) vivido na expectativa de sua Vinda.

As dez virgens – cinco sábias, cinco loucas – são a imagem da escolha que fazemos “enquanto temos tempo”, pois este tempo tem um limite, que não será estendido. A “sabedoria” está em manter acesa a lâmpada da fé, cujo combustível é o azeite do Espírito Santo. A “loucura” consiste em abrir mão da vigilância, deixando que se apague a nossa pobre lamparina, quando a imprevidência ignora os dons do Espírito e passa a viver de seus próprios recursos, mergulhada no torpor e na sonolência de uma vida estéril.

Para quem manteve a lâmpada acesa, a morte é uma noite iluminada...

Orai sem cessar: “O Senhor é minha luz e minha salvação!” (Sl 27,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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