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Liturgia de 13 de outubro de 2018

SABADO – XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Gl 3,22-29

 

- Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas: Irmãos, 22 a Escritura pôs todos e tudo sob o jugo do pecado, a fim de que, pela fé em Jesus Cristo, se cumprisse a promessa em favor dos que creem. 23Antes que se inaugurasse o regime da fé, nós éramos guardados, como prisioneiros, sob o jugo da Lei. Éramos guardados para o regime da fé, que estava para ser revelado. 24Assim, a Lei foi como um pedagogo que nos conduziu até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. 25Mas, uma vez inaugurado o regime pela fé, já não estamos na dependência desse pedagogo. 26Com efeito, vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 27Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. 28O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo. 29Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 105,2-3.4-5.6-7 (R: 8a)

 

- O Senhor se lembra sempre da Aliança!

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!


- Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!


- Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!


- Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!


Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11-28).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,27-28

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- Naquele tempo, 27enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. 28Jesus respondeu: “Muitos mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

Liturgia comentada
Bem-aventurada! (Lc 11, 27-28)

Apenas dois versículos, mas costumam incomodar quando mal interpretados... Do meio do povo, uma mulher emocionada além da conta deixa escapar um grito: “Bem-aventurada aquela que te trouxe no seio e te amamentou!”

Ouvindo a pregação de Jesus, seduzida por sua voz amorosa, tocada pelo fogo das palavras do Mestre, aquela mulher do povo deve ter pensado: “Que homem! Eu quisera ter um filho assim!” Natural, o próximo passo foi refletir? “Mulher feliz aquela que o trouxe ao mundo!” E, logo, se perguntar: “Quem seria a sua mãe?” Não espanta, pois, que se descontrolasse a gritar, sem pudor perante a multidão: “Bem-aventurada!”

A resposta de Jesus pode desconcertar leitores desavisados: “Bem-aventurados antes os que ouvem a palavra de Deus e a observam!” Muitos entenderam (mal!) que Jesus estava desmerecendo a pessoa de Maria, sua Mãe, aquela que o gestara e amamentara. Na verdade, Jesus está reorientando o olhar e a compreensão de seus ouvintes para o fato de que, acima da maternidade biológica de Maria, o que realmente a fez “feliz” (bem-aventurada) foi sua atitude de acolhida do Verbo (=Palavra), a ponto de gerá-lo em sua natureza humana.

Outra coisa não ensina o Concílio Vaticano II: “Esta união entre Mãe e Filho na obra da salvação manifesta-se desde o tempo da virginal concepção de Cristo até sua morte”. (LG, 57.) “No decurso da pregação de seu Filho, ela recebeu as palavras pelas quais, exaltando o Reino acima de raças e vínculos de carne e sangue, Ele proclamou bem-aventurados os que ouvem e guardam a palavra de Deus, tal como ela mesma fielmente o fazia”. (LG, 58.)

Assim, nem de longe Jesus pretende rejeitar o elogio que a mulher

do povo dirige à sua Mãe. Afinal, “todas as gerações a proclamariam bem-aventurada” (cf. Lc 1, 48), e a mulher anônima simplesmente cumpre aquela profecia. O bom Filho apenas aponta para as motivações mais profundas da “felicidade” de sua Mãe.

Além do mais, um olhar atento verá que Maria cumpre todas as bem-aventuranças de Mateus 5: foi pobre e chorou, foi mansa e sedenta de justiça, misericordiosa e pura, pacífica e perseguida. E ainda se acha, hoje, quem a injurie por causa de seu Filho... Precisa mais?

Orai sem cessar: “Felizes os que habitam em tua casa, Senhor!” (Sl 84, 5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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