Os fiéis, de fato, renascido no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna da Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade. [Paulo VI, const. ap. Divinae consortium naturae, cf. OICA, praenotanda 1-2] "
Por aqui vemos que os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia são chamados sacramentos da iniciação cristã, porque são celebrados para iniciar um novo membro na Igreja.
Cada um deles produz um efeito diferente na formação do cristão e manifesta um aspecto diferente do mistério.
"No início do cristianismo, os convertidos a fé cristã eram adultos. Esses adultos eram preparados durante um período chamado catecumenato. E eram preparados para receber de uma só vez os três sacramentos da iniciação cristã. Preparados por um período longo de catecumenato, os adultos chegavam a receber conscientemente os três sacramentos da iniciação cristã.
Pelo Batismo, eram gerados para a vida nova da graça: renasciam como Filhos de Deus. Pela Crisma, recebiam, de modo sacramental, a força do Espírito Santo para viverem adultamente a fé e defenderem-na até com a vida, se fosse necessário e, pela Eucaristia, teriam o alimento para fortalecer a fé. Fé cristã gerada, tornada adulta, alimentada.
Assim era ao menos nos três primeiros séculos do cristianismo, em que os cristãos viveram perseguidos, celebrando os sagrados mistérios nos subterrâneos das catacumbas. Naqueles tempos, o cristão, para ser admitido ao Batismo, e ao mesmo tempo a Crisma e a Eucaristia, deveria estar disposto a dar a vida pela defesa da fé. Pois a vida dos cristãos, perseguidos em todo o império romano, era um risco contínuo. Talvez você conheça bem a história das perseguições dos primeiros trezentos anos da Igreja. Acontecia muitas vezes que, juntamente com os cristãos batizados, eram presos também os catecúmenos, ou seja: aquelas pessoas que estavam se preparando para receber o Batismo. E os catecúmenos, juntamente com os cristãos, professavam corajosamente a fé perante os imperadores. Por isso, eram martirizados; as vezes tornavam-se cristãos, não pelo batismo da água, mas pelo batismo no próprio sangue. É o que chamamos de batismo de sangue, a par do batismo da água e do batismo de consciência ou de desejo" (Cardeal Dom Eugênio Sales).
Para refletir:
Amigo(a) ouvinte, estaríamos nós hoje, como os primeiros cristãos, dispostos a dar a vida para defender e afirmar a fé recebida no batismo, tornada adulta pela crisma e alimentada pela eucaristia?
Uma vez que Deus não está nos pedindo esse sacrifício, devemos testemunhar nossa fé por uma vida coerente com o Evangelho.
Ninguém pode dizer que o cristianismo não seja bom porque sua experiência cristã foi deficiente. Pode dizer sim que ele é difícil, exigente, que não teve a coragem de desafiar suas promessas até o fim.
Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança