III. O Espírito Santo e a Igreja na liturgia (CIC § 1102)

“É a palavra da salvação que alimenta a fé no coração dos cristãos : é ela que faz nascer e dá crescimento à comunhão dos cristãos [PO 4].” O anúncio da Palavra de Deus não se limita a um ensinamento: quer suscitar a resposta da fé, como consentimento e compromisso, em vista da aliança entre Deus e seu povo. É ainda o Espírito Santo que dá a graça da fé, que a fortifica e a faz crescer na comunidade. A assembléia litúrgica é primeiramente comunhão na fé.

Jesus usou incisivamente as Escrituras na hora da tentação no deserto. Fica claro que também para fazermos o mesmo, temos que atender a duas condições: primeira, conhecer muito bem a Bília; e, segunda, acreditar nela, no seu poder e eficácia. Não duvidar dela. A santa Palavra é viva e eficaz, quer dizer, tem em si poder.

Quando Jesus explicava as Escrituras para os discípulos de Emaús, eles sentiam "que se lhes abrasava os corações" (Lc 24,32). Assim também continua a ser hoje para todo aquele que medita a Palavra de Deus. Ela nos purifica no fogo do Espírito Santo. Todos os santos, sem exceção, mergulharam fundo suas vidas nas Santas Escrituras e deixaram-se guiar pelos ensinamentos da Igreja.

Pela meditação diária da Bíblia, o Espírito Santo vai nos santificando, isto é, fazendo com que, passo a passo, tenhamos, como disse São Paulo, "os mesmos sentimentos de Cristo Jesus" (Fl 2,5).

Sem o conhecimento e a vivência da Palavra de Deus, não nos tornaremos perfeitos e não estaremos capacitados para a boa obra.

Agradeçamos a Deus pela Sua Santa Palavra. Que nós possamos conhecê-la e amá-la cada dia mais, com o auxílio de Sua graça. Amém!

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança