III. O Espírito Santo e a Igreja na liturgia (CIC § 1100)

A Palavra de Deus. O Espírito Santo recorda primeiro à assembléia litúrgica o sentido do evento da salvação, dando vida à Palavra de Deus, que é anunciada para ser recebida e vivida:

Na celebração da liturgia é máxima a importância da Sagrada Escritura, pois dela são tirados os textos que se lêem e que são explicados na homilia e os salmos cantados. É de sua inspiração e bafejo que surgiram as preces, as orações e os hinos litúrgicos. E é dela também que as ações e os símbolos tiram sua significação [SC 24] .

"É a palavra da salvação que alimenta a fé no coração dos cristãos: é ela que faz nascer e dá crescimento à comunhão dos cristãos." (Presbiterorum Ordinis, 4).

O anúncio da Palavra de Deus não deve ficar apenas no ensinamento, mais do que isto, deve provocar uma resposta de fé e um compromisso de vida nova.

Para que a Palavra de Deus seja eficaz em nossa vida, precisamos, pela fé, acreditar nela e colocá-la em prática objetivamente. Em outras palavras, precisamos obedecê-la, pois estaremos obedecendo ao próprio Senhor.

A Carta aos hebreus, mostra-nos todo o poder da Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras: "Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes, e penera até a divisão da alma e do corpo, e das juntas e medulas e discerne os sentimentos e pensamentos do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem haveremos de prestar conta" (Hb 4,12-13).

Aí está o poder da Palavra de Deus.

Ela tem tão grande poder porque é Palavra de Deus e não humana.

A santa palavra de Deus opera (realiza o que signfica) naquele que crê, naquele que a recebe e acolhe como palavra de Deus. Aí ela dá muitos frutos.

Ela é portanto um instrumento indispensável para a nossa santificação. Não conseguiemos ter "os mesmos sentimentos de Cristo" (Fl 2,5) sem ouvir, ler, meditar, estudar e conhecer a Sua santa palavra.

Sem o conhecimento e a vivência dessa santa Palavra, não nos tornaremos perfeitos e não estaremos capacitados para a boa obra.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança