III. O Espírito Santo e a Igreja na liturgia (CIC § 1095)

É por isso que a Igreja, particularmente no advento, na quaresma e sobretudo na noite de Páscoa, relê e revive todos esses grandes acontecimentos da história da salvação no “hoje” de sua liturgia. Mas isso exige também que a catequese ajude os fiéis a se abrirem a esta compreensão “espiritual” da economia da salvação, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e no-la faz viver.
É sobretudo na Vigília Pascal, através de sua liturgia, que revivemos os principais eventos da história da salvação.
Para celebrar bem a Liturgia é preciso ter uma profunda noção do que é o cristianismo; o conhecimento da história da salvação, da obra de Cristo e da missão da Igreja. Sem isto a Liturgia não pode ser bem compreendida e amada, e pode se transformar em ritos vazios.
A Leitura sobre a criação extraida do livro de (Gn 1,1-2,2; ou 1,1.26-31a). A ligação entre Páscoa e criação, encontramos nos Salmos e nos Profetas, onde a redenção de Israel é vista em perspectiva de nova criação.
O sacrficio de Abrãao (Gn 22,1-18). O judaísmo pré-cristão já considerava o sacrifício de Isaac como acontecimento pascal.
A libertação do povo de Deus da escravidão do Egito e a passagem do Mar Vermelho (Ex 14,15-15,1) é um evento salvífico que prenuncia o batismo, sacramento da nossa libertação e da nossa “passagem” do pecado e da morte para a vida de filhos de Deus.
A nova Jerusalém (Is 54,5-14), reconstruída após o exílio babilônico e descrita por Isaías, é figura da Igreja, novo povo de Deus.
A Liturgia é a própria história da salvação em exercício, já que nela se celebra (torna presente) tudo o que Deus realizou ao longo dos séculos para salvar os homens.
Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança