Cada Bispo, como vigário de Cristo, tem o encargo pastoral da Igreja particular que lhe foi confiada, mas ao mesmo tempo ele, colegialmente, com todos os seus irmãos no episcopado, deve ter solicitude por todas as Igrejas: “Se cada Bispo só é pastor propriamente dito da porção do rebanho que lhe foi confiada, sua qualidade de legítimo sucessor dos apóstolos por instituição divina o torna solidariamente responsável pela missão apostólica da Igreja [Pio XII, enc. Fidei donum; cf. LG 23; CD 4; 36; 37; AG 5; 6; 38.] ”.
"Cada bispo, que é posto à frente de uma Igreja particular (diocese), exerce o seu poder pastoral sobre a porção do povo de Deus que lhe foi confiada, mas não sobre as outras Igrejas nem sobre a Igreja universal. Porém, cada um como membro do colégio episcopal e sucessor dos apóstolos, por instituição e preceito divino, deve ter por toda a Igreja uma solicitude, que, mesmo sem ser responsável direto por outras dioceses, contribui imensamente para o bem de toda a Igreja. Na verdade, todos os bispos devem promover e defender a unidade da fé e a disciplina, que são comuns a toda a Igreja, devem instruir os fiéis no amor de todo o corpo místico de Cristo, especialmente dos membros pobres, daqueles que sofrem e dos que são perseguidos pela causa da justiça (cf. Mt 5,10); devem, promover toda a atividade comum à Igreja inteira, com o objetivo de expandir a fé e fazer brilhar para todos os homens a luz de Cristo. Cada bispo, governando bem a própria Igreja, está contribuindo com eficácia para o bem de todo o corpo místico, que é também o corpo das Igrejas.
Cada bispo, é obrigado a colaborar com os outros bispos e com o Papa, a quem foi confiada a tarefa de propagar a religião cristã. Cada bispo deve, prover as missões, quer de operários para a messe, quer de socorros espirituais e materiais, ou diretamente por si ou suscitando a cooperação pronta dos fiéis. Os bispos devem prestar de boa vontade ajuda fraterna às outras Igrejas, especialmente às mais próximas e às mais pobres." (Citação livre da Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II sobre a Igreja)