Como é celebrado este sacramento? (CIC § 1517)

Como todos os sacramentos, a Unção dos Enfermos é uma celebração litúrgica e comunitária [cf. SC 27], quer tenha lugar na família, no hospital ou na Igreja, para um só enfermo ou para todo um grupo de enfermos. É de todo conveniente que ela se celebre dentro da Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor. Se as circunstâncias o permitirem, a celebração do sacramento pode ser precedida pelo sacramento da Penitência e seguida pelo sacramento da Eucaristia. Como sacramento da Páscoa de Cristo, a Eucaristia deveria sempre ser o último sacramento da peregrinação terrestre, o “viático” para a “passagem” à vida eterna.

Reflexão: "O novo Rito da UE enfatiza a participação da comunidade na administração do sacramento; ao menos parentes e amigos sejam chamados a tomar parte na celebração no enfermo que não esteja de cama.

Prevê-se mesmo a administração do sacramento durante a celebração da Eucaristia.

Admite-se que a UE seja administrada em grandes concentrações de fiéis tais como peregrinações e congressos de alguma diocese, cidade, paróquia, etc. O bispo local ou seu delegado presidirá eventualmente à celebração, cercado de sacerdotes especialmente designados para tanto (cf. nº 83s). Assim toda a comunidade próxima ao enfermo testemunhará a sua solidariedade e o seu amor cristão ao irmão padecente.

Assim a oração da comunidade reunida ajuda aos doentes pelas suas preces a suportar com paciência e conformidade as dores da doença, as amarguras e tristezas da velhice.

Isto expressa bem claro o sentido do sacramento: nem temer ou suportar a iminência da morte, mas criar nova força, nova alegria no Senhor para suportar tudo, que é pesado e difícil para o homem doente e idoso.

Quem só espera o perdão dos pecados deve ser encaminhado ao Sacramento da Reconciliação e quem só busca um remédio para a saúde corporal, deve ser orientado para o médico. Aliás, a UE deve ser recebida após o Sacramento da Penitência sempre que o paciente tenha condições de se confessar. A UE não supre a penitência sacramental, quando esta seja possível, mas supõe-na." (Escola Mater Ecclesiae, Curso por correspondência sobre os sacramentos, pág. 178 e 179, Dom Estévão Bettencourt).