A Unção dos Enfermos “não é um sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice [SC 73; CIC cân. 1004, 1; 1005; 1007; CCEO, cân. 738] ”.
Reflexão: "O Concílio Vaticano II levou a repensar a história do sacramento da UE. [Anteriormente] era administrada aos enfermos em geral; depois foi reservada aos moribundos apenas. Hoje, procurando a justa síntese, notam os teólogos que o sacramento compete não propriamente aos que estejam por terminar a vida, mas àqueles que sofrem de doença grave ou se vêem seriamente ameaçados pela velhice." (Escola Mater Ecclesiae, Curso por correspondência sobre os sacramentos, pág. 177, Dom Estévão Bettencourt).
"Os destinatários do sacramento são os enfermos, mas, principalmente aqueles cujo estado é perigoso, a ponto de parecerem estar no término da sua vida.
A Unção dos Enfermos, é salutar não só para a alma, mas também para o corpo, destinada aos fiéis pacientes de moléstias perigosas, enquanto têm plena lucidez de espírito para poderem receber mais copiosamente as graças do sacramento.
Os destinatários do sacramento são os fiéis cujo estado de saúde esteja gravemente comprometido por doença ou por velhice (donde se vê que as pessoas idosas em gozo de boa saúde não são o sujeito adequado deste sacramento). Daí o nome de 'sacramento daqueles que partem.' Pode-se conferir a Unção antes de uma intervenção cirúrgca, se a causa da operação é uma doença perigosa. Às crianças seriamente enfermas é lícito ministrar a UE desde que tenham uso da razão e possam compreender o valor do sacramento. A gravidade da moléstia há de ser avaliada segundo as categorias da prudência e da probabilidade." (Escola Mater Ecclesiae, Curso por correspondência sobre os sacramentos, pág. 174 e 175, Dom Estévão Bettencourt).
"Para avaliar a gravidade da doença, basta que se tenha da mesma um juízo prudente ou provável,consultando-se o médico, se for o caso, para remover, com sua opinião, qualquer dúvida" (Ritual da UE nº 8).
Infelizmente há pessoas que têm todo o direito de receber a Unção dos Enfermos e que morrem sem recebê-la por descuido ou por carinho errado dos que o assistem, por medo de que o doente se assuste. Isso vem a ser uma grande falta de caridade para com o enfermo.
Para refletir: Amigo ouvinte. A família, os amigos ou qualquer pessoa que assista ao doente deve ter por norma chamar o sacerdote a tempo, isto é, com a antecedência suficiente para que a Unção dos Enfermos produza no paciente todos os seus efeitos tanto espirituais como físicos.
Para receber a unção dos enfermos a pessoa precisa: ser batizada; ter atingido o uso da razão; ter intenção de receber este sacramento; encontrar-se em perigo de morte por doença ou idade avançada.