As Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica (CIC § 1399)

Celebram a Eucaristia com um grande amor. “Essas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos - principalmente, em virtude da sucessão apostólica, o sacerdócio e a Eucaristia -, que as unem intimamente a nós [UR 15] .” Por isso certa comunhão in sacris na Eucaristia é “não somente possível, mas até aconselhável, em circunstâncias favoráveis e com a aprovação da autoridade eclesiástica [UR 15; cf. CIC, cân. 844,3] ”.

Estabelecido o princípio do parágrafo anterior do Catecismo, pergunta-se: a Igreja Católica admitiria exceções, permitindo ocasionalmentea intercomunhão?

"Em resposta, note-se que as exceções não devem obscurecer a regra geral, mas hão de ser coerentes com ela.

Ao tratar de excções, faz-se necessário dizer que os cristãos ortodoxos têm a sucessão apostólica e a verdadeira Eucaristia, consagrada por ministros validamente ordenados.

Nas comunidades que têm a verdadeira Eucaristia (os nestorianos, os monofisitas, os ortodoxos orientais, os jansenistas e os Velhos-Católicos), os fiéis católicos podem pedir aos ministros dessas confissões os sacramentos da Penitência, da Eucaristia e da Unção dos Enfermos nas condições estipuladas pelo cânon 844§ 2 ou seja, a) na impossibilidade de se dirigirem a um ministro católico, b) desde que haja verdadeira necessidade ou utilidade e c) afastado todo perigo de escândalo ou erro.

Isto pode acontecer em países de maioria ortodoxa, como a Rússia, a Grécia, a Romênia.

Quanto aos fiéis das citadas confissões, podem receber os sacramentos da Penitência, da Eucaristia e da Unção dos Enfermos de um ministro católico, desde que o peçam espontaneamente e estejam devidamente preparados, pois eles têm a mesma fé que os católicos no tocante a esses sacramentos." (Cf. Curso sobre os sacramentos por correspondência, pág 141 e 142, Escola Mater Ecclesiae, Dom Estévão Bettencourt).